segunda-feira, outubro 24, 2005

Dia 17 - O primeiro

"Hoje é um dia igual aos outros." - isto porventura poderia dar o mote para a criação de mais um livro lamechas que renderia ao seu autor dinheiro suficiente para emigrar para Vénus, quem sabe para confirmar se as mulheres - esse animal estranho - são realmente de lá ou se é só um boato lançado pela STPSQNSFSTCSJ - Seita Terrorista de Pinguins Suicidas Que Não Sabem Fazer Seitas Terroristas Com Siglas de Jeito.
Ok, voltando atrás... Não! Hoje não é um dia igual aos outros, esta é a primeira vez, e espero a última, que vos comunico directamente do sítio onde supostamente devo estudar.
Ora eis o que eu tenho a dizer:
(rufar de tambores)


- Gnu!

Pronto, já está.
Transcrição ipsis verbis de um meu professor, aquando da criação deste post:
" - Oh tu! Deixa-te disso e sai de cima da mesa, já estou cansado de te ver a imitar a Carmen Miranda, e além disso roubaste-me as maçãs e estou a ficar com fome."


Já que tem de ser, vamos falar de coisas sérias.
Como alguns de vós devem ter reparado (se não repararam, considerem-se felizardos) há poucos dias foi transmitido na televisão um tal de "Festival da Eurovisão" que fazia não-sei-não-quero-saber-e-não-quero-que-me-digam-e-no
-dia-em-que-pedir-para-me-dizerem-dêem-me-um-tiro-
porque-não-quero-mesmo-saber-quantos-anos, e para celebrar tal data passou antes um programa a falar -de quê, perguntam vocês? Não, não é do cultivo das batatas no Suriname, isso foi na semana passada - do tal festival.
Eu só tenho uma questão:
O que é que dá na cabeça àquela gente para participar? O que é que eles fumam?
Naquele programa vê-se de tudo: desde os participantes nórdicos vestidos de algo que só posso descrever como um cruzamento infeliz entre um pinheiro de natal (com luzinhas e tudo) e um colete reflector, daqueles cor-de-rosa, enquanto cantam alguma coisa imperceptível, embora haja quem diga que é , e passo a citar, "algo parecido com inglês", mas eu não me acredito muito...
Eu podia continuar a descrever os outros países, mas já me chega o meu. O ano passado, ou há dois anos, ou 3 ou qualquer coisa, participou por Portugal a intérprete Rita Guerra, e eis o que ele disse:
"Ah e tal, porque eu ia cantar em português mas como toda a gente estava a cantar em inglês, eu pensei - Primeiro erro - " 'bora lá por uma parte em inglês!" e cantei - Segundo erro - uma parte em inglês"
Resultado final: Portugal foi igual a si mesmo, ou seja, teve dois ou três pontos, resultantes de votos telefónicos dados por pessoas obesas que tinham os dedos inchados demais quando ligaram para encomendar uma pizza lá no país onde estavam.

Qual é a diferença? Cantar em inglês não vai dar mais pontos! Há uns anos foram lá uns tipos que cantaram uma música inteirinha numa linguagem que eles inventaram e, vejam bem, ficaram num lugar catita!

Não duvidem, eu nem queria dizer isto, mas os Festivais da Eurovisão não são nem mais nem menos do que os preparativos para uma invasão em massa d'Eles na qual todos seremos obrigados a andar de coletes reflectores nas auto-estradas enquanto cantamos aquela música abominável da "Gasolina". Isto é razão para ter medo.

Mas pronto, isto passou-se.

Já falei muito, por isso vou escrever mais um pouco.
Caros leitores, se porventura vocês conhecerem alguém que possa conhecer alguém que talvez tenha contacto com os amigos das pessoas que assistem às reuniões de condomínio dos vizinhos das pessoas que organizam aquilo, ou seja o festival e a respectiva participação lusa, entreguem-lhes este recado:
"O planeta está prestes a ser governados por galinhas com mau-feitio e se nós não fizermos nada para mudá-lo, seremos raptados por tubérculos gigantes que em breve emigrarão para a cave de uma casa do povo, algures no Irão."

Pronto, é isto.
Assim que o fizerem digam qualquer coisa, ok?



Tenham medo, muito medo.

terça-feira, outubro 18, 2005

Dia 16 - Estudos...

Ontem vinha a andar na rua e apercebi-me de uma coisa. Mas depois esqueci-me.
Hoje estou intrigado com uma coisa. Amanhã devo ir comprar meias, mas depois penso nisso.

Estudos científicos. O nome diz tudo.
Vocês já pensaram: Se um tipo é cientista, basta-lhe pegar em meia dúzia de folhas, pensar num assunto premente, do género: "Será que se alimentarmos uma batata com milho ela ganha asas?" e tirar algumas conclusões que tudo que é povo aceita cegamente o que dizemos. Basta ligar a televisão (ou não se ela já estiver ligada) e ver nas notícias: "Um estudo prova que se comermos menos emagrecemos." ou "Um estudo mostra que os peixes fora de água têm tendência a parecerem mortos" ou ainda "Um estudo demonstra que se usarmos as mesmas cuecas durante dois meses acabamos por cheirar mal".
Isto para não falar daqueles anúncios das televendas que dizem: "Estudos comprovam que a utilização continuada do - Inserir nome do produto - resulta em benefícios para o organismo, não adquiríveis com a utilização de outro produto semelhante. Não se deixe enganar, o nosso é o melhor. Mas das televendas eu falo depois.

Já imaginaram o poder?

Imaginem uma conversa de bar:
(Aproxima-se do balcão o jovem cientista, encharcado de after-shave e vestido com a camisa do pai, e repara numa jovem fisicamente atraente à sua esquerda. - Os últimos dias que passou foram a provar que se batermos com a cabeça num bloco de concreto durante 50 minutos sem parar deixamos de sentir os pés - curiosidade, em nada vai afectar o desenrolar da história, mas é sempre bom saber...)

Jovem cientista (JC - não confundir com aquele senhor que foi espancado e depois ficou pendurado) - Olá. Tudo bem?
Jovem fisicamente atraente (JFA - não confundir com outra coisa que tenha a sigla JFA) - ....
JC- Pois é... hoje está fresquinho, não, anda aí uma corrente de ar que upa upa...
JFA - ...
JC - Isto de ser cientista tem cada coisa (indagação retórica com finalidade de captar a atenção dos demais...)
JFA - É cientista?
JC - Sou sim, acabei agora de fazer um estudo.
JFA - Um estudo? Que interessante... e o que é que o estudo concluiu?

(Observem o poder...)
JC - O estudo permitiu-me concluir que se abordarmos uma jovem fisicamente atraente num bar ou outro estabelecimento de lazer, sem contar com shopping centers, e ela sair connosco nos 10 minutos seguintes, sob o pretexto de lhe mostrarmos o dito estudo, o Pib da Somália duplica.
JFA - Mas como é isso possível?
JC - Bem, só o posso explicar se lho mostrar.
JFA - Então vamos lá.

E assim acontece. Tudo isto com um singelo estudo científico e três garrafas de vodka.
E quem é que ganha com isto? A Somália.

A minha pergunta é só uma:
Mas quem é que faz estes estudos? A sério. Se souberem, deixem aí a morada que eu gostava de lhes prestar uma visita com o meu martelo. Era uma coisinha rápida...

terça-feira, outubro 11, 2005

Dia 15 e 1/2 - Política...

Não sei se já disse isto alguma vez, mas eu abomino a política actual e tudo que com ela se relaciona. Para mim as coisas correriam muito bem se seguíssemos o sistema dos aborígenes do Gabão posto em prática aquando da realização do OviBeja de 1978, ou seja, sermos governados por tatus e cães da pradaria.

As eleições autárquicas decorreram há pouco tempo e as presidenciais estão a chegar. Ora o que é que eu descobri: para nos podermos candidatar à presidência da República só precisamos de ter 35 anos, ser do país ao qual nos queremos candidatar e ter 7500 assinaturas. É só isto. Os planos para governar o país chegam depois quando alguém nos perguntar, até lá safamo-nos com isto. Sabendo isto, só tenho uma questão, pronto, duas:
1.Porque raio é que dos candidatos que temos só um tem menos de 60 anos? É assim tão difícil arranjar assinaturas?
2.(e talvez a mais importante) Qual é o caminho mais curto para o Nepal?...

As informações que ultimamente têm sido divulgadas pelos media permitiram-me elaborar uma síntese das características do partidário típico de um partido qualquer, independentemente da tendência:

1- O andar meio perdido e o olhar num horizonte que nunca mais acaba - se repararem nas notícias, sempre que há uma candidatura de alguém lá se vêem eles a andar para um sítio qualquer, a repetir pela 35683636289601ª vez uma frase de comando, para não se esquecerem, talvez...

2 - O discurso estereotipado - no qual criticam tudo e só sabem dizer que as coisas não andam para a frente, e que Portugal está na cauda da Europa, e que o cabelo do Marante é verdadeiro e por aí...

3- A porcaria das bandeirinhas!! Uma caneta eu até compreendo, a t-shirt, vá lá, dá para usar como pijama, mas para que raio servem as bandeirinhas?!! Aquilo nem dá para andar à pancada, parte-se logo ao primeiro impacto!

4 - * Inserir aqui o apontamento crítico/cómico/ridículo que lhe vier à cabeça* (Digam lá se este blog não é o exemplo da interactividade...)



- Altura do repto - :
Portuguesas e portugueses, venho por esta forma pedir a vossa ajuda num empreendimento nunca antes visto, ou lido, ou ouvido, ou dactilografado ou outra coisa qualquer...
PAULO CHINA A PRESIDENTE!

Querem razões para votar no homem?
Ora vejamos:
- Quem é que o Paulo China não conhece? (A parte das assinaturas está resolvida.)
- O Paulo China gosta de perú e não joga à Batalha Naval. (Está resolvida a parte dos negócios estrangeiros e da importação e exportação de aves para o estrangeiro)
- O Paulo China usa óculos e é, vá lá, "anafadito", daí que tem logo dois grandes grupos da nossa sociedade que se identificam com ele - os estrábicos albinos e as avestruzes anãs.
- Quem é que se mete com um tipo daquele tamanho? (Poupa-se dinheiro com os seguranças)
- Já imaginaram os benefícios decorrentes da melhoria de relações com os povos asiáticos? Um presidente com um nome de um país? Eu já estou a imaginar, ruas pejadas de lojas dos "chineses", restaurantes chineses em tudo quanto é shopping...


pensando bem, isso já existe...


Bem, se mesmo assim não quiserem votar no Paulo China, podem sempre optar pela segunda alternativa, ou seja, votar no Arnoldo, o meu gato que é tarado sexual... ele deve ter mais de 35 anos em anos de gato e, embora não tenha as ideias revolucionárias do Francisco Louçã, tem o sucesso do Santana Lopes com as "gatas" ...


Ah, e também tem pêlo macio...


Bem, já chega por hoje...


Tenham medo, muito medo.

Dia 15 - O perú...

Olá caros leitores.
É definitivo, Eles chegaram, estão aí, andam de autocarro e cheiram a perú.
"- Serão Eles, aqueles seres estranhos que tanto criticas e conspiras que planeam a eliminação de todos os terráqueos, Toy incluído?"
Bem, agora que falam nisso... também, mas não era isso que queria dizer. Não são Eles "Eles", são os outros "Eles"... bem, é melhor contar a história do princípio...
Era uma vez um planeta que era redondo, aliás, ligeiramente achatado nos pólos, mas ninguém notava. Como estava a dizer, esse tal planeta era habitado por seres que tinham a particularidade de habitar planetas ligeiramente achatados nos pólos, embora não reparassem nesse pormenor. Resumindo um bocado a história, um dia vieram uns tipos sabe-se lá de onde e transformaram aquele planeta parecido com uma esfera num porta-aviões para jogar à Batalha Naval. Fim.

Ora, o que é que esta história tem a ver com o cheiro a perú? Segue-se a explicação.
Quando os ditos sujeitos pensaram em transformar o planeta num acessório para uma actividade de cariz lúdico, um deles disse:
" - Não era bom se nos pudéssemos transformar em pentes e escovas de cabelo?"
Ao que o seu companheiro retorquiu:
" - Essa idéia é parva. Onde raio é que guardávamos a carteira?"
E então o primeiro sujeito implodiu-se ao som do best-of de "Tonicha" enquanto fazia uma sandes - de quê? Perú, lá está.
E isto passou-se.