terça-feira, agosto 01, 2006

Dia 30,3 - podia ser biberão, mas não...

Vou falar sobre outra coisa.
Há uns dias atrás chegou ao fim o Mundial de Futebol, e na altura até tive vontade de dizer alguma coisa sobre todas as coisas bizarras no denominado "desporto-rei", mas depois o meu gato Arnoldo disse-me: "Oh Tu! Chega-me a pasta de dentes por favor, porque estão a doer-me as orelhas e já não frito batatas há um mês." e eu decidi deixar isto para outro dia.

Passados uns dias, após um duche frio seguido de uma reflexão existencialista banhada em leite com chocolate, pensei em abordar a temática do futebol de uma forma mais séria, o tema de então era "Futebol: 22 tipos atrás de uma bola ou os árbitros também contam?", mas estava a chover e eu não escrevo muito bem com t-shirts azuis de algodão, prefiro canetas.

Hoje como me apetece debitar mais disparates vou escrever sobre o futebol, ou talvez não. Comecemos pelo futebol.
Para quem não conhece, e também para quem já ouviu mais de três vezes seguidas algum álbum dos "Pequenos Cantores de Viena" sentado em cima de um cacto com apenas um lenço de papel a cobrir o corpo, o futebol é um desporto no qual o objectivo das duas equipas presentes é marcar um golo na baliza da equipa adversária. São 11 de cada lado, e há também uma equipa de arbitragem, cujo objectivo é assegurar o cumprimento das regras do jogo e também verificar se alguns dos jogadores é daltónico, através da amostragem periódica de cartões coloridos. Graças à ajuda da ADJACAFCTVPBM (Associação Desportiva de Jogadores Anónimos que se Chamam Alberto e Fazem Churrascos à Terça e Jogam Volley de Praia com Bolas Medicinais), sediada na capital da Gronelândia, Nuuk, tive acesso a um diálogo interessante, e cá vai ele:

Árbitro: - Boas tardes, sr. jogador, como está?
Jogador: - Estou bem, e o senhor, como está? A família vai bem? O mais novo já anda?
Árbitro: - Sim, sim, ontem atropelou a minha sogra com uma retro-escavadora, é um anjinho. Mas vamos lá ao que interessa... (tira um cartão amarelo do bolso)... conhece esta cor?
Jogador: - Hmm... eu já vi isso em algum lado... deixe-me pensar... não é aquela do... ok, vou arriscar, Amarelo?
Árbitro: - Muito bem, andou a estudar... próxima questão... qual é a capital do Bahrein?
Jogador: - Hã?
Árbitro: - Estava só a brincar consigo (risos), sabe que isto de andar por aqui vestido de preto a apitar deliberadamente de um lado para o outro pode dar a parecer que somos uns tipos assim para o sisudos, mas a gente também gosta de galhofa, de mandar assim umas piadolas para descontrair...
(Ouvem-se protestos do público e moto-serras começam a voar)
Árbitro: - Estes tipos, pá... não podem ver um tipo a falar com outro, começam logo a mandar vir... ok, vamos lá a despachar isto (mostra o cartão vermelho)... conhece esta cor?
Jogador: - Hey pá, duas perguntas sobre cores? Fogo, eu ontem estive a estudar a Teoria Evolucionista de Darwin e as consequências sociais aquando da publicação do livro "Receitas Sem Açucar" de Manuel Luís Goucha e o sr. manda-me esta dos cartões? Foo, é mesmo p'ra queimar um gajo! (passados uns segundos)... Ok, vou tentar. Texugo?
Árbitro: - Ah... ao lado. Tem de ir embora. Fica para a próxima, obrigado pela sua participação.
Jogador: Fogo.... isto está tudo feito... logo duas perguntas com cores...
(E lá vai o tipo embora, e os colegas de equipa aproximam-se do árbitro com sugestões de cores, para ver se o safam.)
Conclusão: Os jogadores de futebol não gostam de Ski e o vermelho leva-os ao cultivo ilícito de espinafres e alcachofras.

Dizem que o futebol é um desporto que arrasta multidões, eu não concordo muito com isso, porque os tipos só usam chuteiras.
Eu gosto de futebol, mas há quem não goste, e Nietzsche era do signo Balança e foi um filósofo alemão do Século XIX (houve uma altura em que tentou ser cambojano, mas não o deixaram).
Dentro desta temática, ao futebol estão associados geralmente temas como a corrupção, o tráfico de influências e os álbuns de Frei Hermano da Câmara, e isso faz vender jornais. Os ardinas também.

O futebol movimenta milhões e todos os dias deparamo-nos com transacções de somas exorbitantes na compra de novos jogadores e outras coisas que tal, mas a verdadeira questão que se coloca é: Porque é que não se pode beber água depois de comer melão?

A apoiarem as equipas de futebol estão os adeptos, de entre os quais se destacam as claques. As claques de futebol são porreiras. Sinceramente, gosto de vê-las lá nos estádios a berrarem até ficarem sem voz. Quem também gosta muito das claques é a Polícia e os "Stewards", porque estão sempre ao lado das claques. É bonito ver esta amizade que dura tantos anos... e vê-los a fazerem "mosh" quando há algum golo da equipa contrária... são coisas como esta que tornam o futebol bonito.

O campo de futebol é verde e é lá que decorre a acção do jogo. Depois de 90 minutos de jogo, mais coisa menos coisa, o jogo acaba e aí a acção passa para os jornais desportivos durante o resto da semana até ao jogo seguinte.

Isto tudo é muito interessante (ou talvez não), mas o que me intriga mesmo são aquelas pessoas que analisam tudo e mais alguma coisa de uma forma exageradamente simplista. Aquelas pessoas que vêm o futebol como apenas "11 tipos de cada lado atrás de uma bola". Se formos a analisar tudo assim, respirar passa a ser apenas "inspirar e expirar periodicamente para viver". Ver a vida dessa forma não faz muito sentido, mas não me apetece dissertar sobre a importância de viver e de não-sei-quê, não-sei-que-mais e tal, deixo isso para quem gosta de o fazer.

E os americanos, porque raio é que insistem em chamar "football" àquele desporto em que os tipos correm de um lado para o outro com a bola, que é "OVAL", nas MÃOS? "Foot" quer dizer PÉ e "ball" quer dizer BOLA, que é definida como "qualquer corpo esférico", ou seja, não-oval. Os americanos são estranhos, mas sobre os americanos eu falo um dia destes... ou talvez não, o que não falta aí é gente a falar mal deles, e não quero ser mais um.

Para concluir, o futebol, assim como todas as outras coisas, tem o interesse que cada um de nós lhe queira dar. Acima de tudo, o importante é olhar para os dois lados antes de atravessar e comer muitas verduras, assim como lavar os dentes depois de cada refeição (E cá está, mais uma vez o "Diário de um desesperado" faz serviço público! Este blog é "daqui"!... pensando melhor, não.).

Vou dar de comer à iguana.

Ah, é verdade, a capital do Bahrein é Manama.

Tenham medo. Muito medo.

1 comentário:

gimane disse...

já te disse k me passo a ler os teus posts? LOL pronto...estou passada. E um dia destes apresentas-me a tua iguana..n estou a pedir mt, podia pedir para me pagares uma viagem a Manama :p

PS: tens de escrever mais assiduamente, pork nao te preocupes, n cais na banalidade...;) **