terça-feira, dezembro 13, 2005

Dia 20 - O Natal e não sei quê...

Ora bem, já passou algum tempo desde a última vez que escrevi.. entretanto parece que se está a aproximar uma época que é festejada em quase todo o mundo, e os programas televisivos já anunciam programas dedicados à época, e parece que toda a gente se anda a passar um bocadinho com isto: falo claro da celebração da chegada do primeiro suricata à Lua, feito conseguido através dos esforços de dezenas e dezenas de gnus que durante anos e anos conseguiram amontoar o capital necessário para tal feito, deixando de comer os tremoços que recebiam à hora do almoço para os venderem mais tarde, através do mercado negro, a uma seita religiosa de pinguins suicidas que pretende dominar o mundo através do monopólio do comércio do tremoço e amendoim (este na segunda parte do plano), ou então simplesmente amontoar o máximo número de tremoços possível, o que vier primeiro serve.
Para além deste facto importantíssimo a meu ver... ou talvez não, existem rumores que o Natal se aproxima... ora, caros leitores (essa extensa quantia de 7, ou 6, já não me lembro...), o que tem o Natal de tão estranho que faz o pessoal andar aí todos aos abraços e não sei quê? Ok, antes que os fanáticos de épocas como esta me venham dizer coisas como :"tu queres ver?" ou até "ai ai ai ai aaaaiii... mau mau..." eu só quero dizer que gosto desta época, é gira e tal, andam as ruas todas decoradas, recebemos e damos coisas às outras pessoas sem ter de inventar o motivo e temos sempre desculpa se chegamos atrasados às aulas:
" - Ah e tal professor, desculpe lá estar a chegar 2 horas depois do começo da aula, sabe como é... o Natal e o trânsito... essas coisas..."
Ao que o professor responde:
" - Deixa lá isso... mas quem és tu?
- Tens mortalhas?
- Porque é que só vens vestido com uns boxers laranja a dizerem 'a laranja mecânica' e umas pantufas cinzentas com guaxinins?"

- Perguntas perfeitamente normais... -

Mas continuando...
O Natal até é giro... muito bem, compram-se as prendinhas e tal, as pessoas que trabalham recebem o belo do "subsídio de Natal", comem-se uns bolinhos... as famílias juntam-se mais nesta altura... isso seria tudo muito bonito, se não existissem ao mesmo tempo actividades que me fazem ponderar se há vida em Marte, e se lá se consegue arranjar lugar de estacionamento...
Cá vai:

"Natal dos Hospitais", quem foi o génio? Os doentinhos já não sofrem o suficiente durante o resto do ano? É preciso estarem ali nas macas e aturar Nel Monteiro, Toy, José Malhoa e outros que agora não tenho coragem de escrever... DURANTE 5 OU MAIS HORAS? ACHAM BONITO, ACHAM?
Eu tentei obter testemunhos de pessoas que já passaram por isto, mas nenhuma delas quis falar com medo de represálias, o máximo que consegui obter foi: "Jovem, experimenta levar com a âncora de um petroleiro nas costas e aí terás uma pequena noção da dor..."

Agora a sério, qual é a ideia? Mostrar aos doentes que existem pessoas piores do que eles? Se querem a minha opinião, ("não, não queremos, cala-te lá um bocadinho...") isto do "Natal dos Hospitais" foi tudo uma manobra de diversão criada por Eles para camuflar as transações ilícitas de pistachios e iogurtes de laranja do Gabão que ocorrem entre os alces alpinos e os guaxinins vegetarianos que habitam numa urbanização localizada a norte de Bandar Seri Begawan, a capital do Brunei.
"- Mas como conseguem eles tal feito? - perguntam vocês. Boa pergunta... eles servem-se da curvaturas das ditas bolas de Natal penduradas no alegado pinheiro de Natal para introduzirem um efeito hipnótico que, para além de obrigar as pessoas a vegetar em frente ao ecrã durante todo o programa, também induz a comer calças pretas de bombazine como se não houvesse amanhã...
O pior é que não basta a RTP ter começado com esta doentia celebração, os outros dois canais podiam muito bem ocupar esse espaço do horário a passarem um filme que nunca passou nesta época... tipo, deixa ver... sei lá... um à sorte... hmm..cá vai: "Sozinho em Casa" MAS NÃO, para serem diferentes fazem um espectáculo que não tem nada a ver com o da RTP, à parte do formato, duração e os doentinhos lá sentadinhos... coitadinhos...

E o Pai Natal... sim, esse pensionista de barbas que desistiu de andar de autocarro e decidiu andar de trenó puxado por renas... esse já é uma figura estranha por si, mas pior do que isso só o Pai Natal português. Adultos deste país, será assim tão importante vestirmo-nos de pensionista portador de um daltonismo estranho que nos obriga a utilizar somente 3 cores, o vermelho, o branco e o preto, para tentarmos convencer os nossos petizes que somos um homem que vive algures na Lapónia que se lembrou de visitar uma casa que fica longe p'ra caraças para entregar um par de meias brancas (aquelas com raquetes) a um míudo que nunca vimos? O que pensará o pequeno:
" - Muito bem, cá estou na véspera de Natal, está aqui um senhor que é muito parecido com o meu pai, que sabe o meu nome, sabe o tamanho das calças que eu visto e o número dos sapatos que calço, ainda não me deu uma prenda decente, e em vez da minha família o expulsar à biqueirada deixam-no cá estar e ainda por cima querem entretê-lo com bolachinhas e leite! Onde está o cianeto?"
E aí o puto vira-se para a mãe e diz:
Ok, mãe, já decidi: quando for grande quero ser bombista-suicida.
E a mãe, aterrorizada, pergunta:
" - Mas porquê, filho?"
Ao que o míudo responde:
" - Porque sim."

E depois as pessoas queixam-se do terrorismo... a culpa é dos Pai Natal wannabe's.
Já não basta existirem os pensionistas, temos de vestir-nos como eles para entregarmos as prendas aos nossos filhos? Por favor, os vossos putos pesam o quê: 40, 45 kg? Acham que eles vos vão espancar até à morte se não lhes derem os brinquedos que eles vos pediram? Ok, isso até pode acontecer, mas, adultos de Portugal e do Serengeti... sejam homenzinhos...

O pior de isto tudo (ou talvez não) é que se existir realmente um senhor que mora lá para os lados da Lapónia e tem a mania de andar por aí de trenó a dar prendinhas aos pequenos sem ser indiciado em qualquer processo pelo crime de pedofilia, esse homem deve ser o alvo de milhões de maldições que os putos lançam quando não recebem o que querem... é vê-los aí encostados num canto do quarto, com um singelo lancha-chamas na mão, a dizerem...
"Ai Pai Natal, Pai Natal... para o ano conversamos..."


Feliz Natal e... tenham medo, muito medo...

terça-feira, novembro 22, 2005

Dia 19 - Basicamente...

Ora bem, hoje não me vou alargar nas palavras (eu sei que digo sempre isto, mas hoje não me apetece falar, ou melhor, escrever, muito).
A TVI, o canal de televisão português, tem várias características que a distinguem das outras televisões, nomeadamente a cena do coiso com os tipos vestidos de não-sei-quê que saem depois do público mandar umas mensagens para não-sei-onde, e enquanto eles lá estão aprendem a fazer coisas que os tipos das cenas fazem todos os dias lá na terra deles ou na terra dos outros, se for preciso. Mas com isto vivo eu bem, não me tira o sono nem nada que se pareça. Uma coisa que me está a intrigar há... sei lá... deixa ver... noves fora... mais o IVA a 21%... menos 35...ok, 7 minutos é o facto de as novelas da TVI, todas de produção nacional (vá lá, uma atitude que se aproveita) usarem todas nomes de conhecidas músicas do panorama musical português (eu sei, é redundante, mas o blog é meu e eu posso), como "Ninguém como tu", "Há bronca na Discoteca" (ainda em projecto), "Dei-te quase tudo" e outros que agora não me lembro... mas que existem. Ora muito bem, isto é tudo muito giro mas há um sector da música nacional que está a ser posto em segundo plano e eu acho que já é altura de se dizer isto, porque eles merecem. Cá vai:

Senhores da TVI, para quando uma novela intitulada: "A minha sogra é um boi" ou então "Marilú"?

Já imaginaram as possibilidades? A densidade dramática?

Há claramente dualidade de critérios no que diz respeito a esta temática e as consequências são imprevisíveis. Querem exemplos? (Não.) Então eu digo:
- Hoje de manhã no autocarro uma pensionista olhou para mim de lado três vezes e depois de entoar por três vezes o refrão de "Na minha cama com ela" desfez-se em puré de abóbora.
- E uma outra pensionista, depois de se levantar para sair, justamente na altura em que o motorista ia arrancar o autocarro, passados 40 minutos, decidiu fazer malabarismo com 3 garrafas de azeite numa mão e 4 iogurtes de pêssego noutra.

Ora o que é que isto quer dizer?

De acordo com o Regulamento dos Gnus Suicidas do Dubai, recitado diariamente pelos pastores albinos do sudoeste da Namíbia para baptizarem os seus nascituros e abençoarem as sementeiras de anonas, este tipo de comportamentos, principalmente se levados a cabo por pensionistas em transportes públicos, são um sinal claro que está para breve um desembarque de pinguins terroristas com o intuito de fazer um golpe de Estado na Casa Branca para abolir uma lei que proibe a existência de mais do que três mesas de matraquilhos nas casas do povo de Gaberone, capital do Botswana. É mais do que claro que das mesas de matraquilhos (ou matrecos, como gosto de chamar) para as telenovelas é uma pequena distância.
Portuguesas e portugueses, é altura de tomarmos uma decisão: Ou adaptamos nomes de êxitos do Metal luso para baptizar as nossas novelas ou corremos o risco de haver uma guerra civil liderada por pensionistas que gostam de ouvir o José Figueiras a "cantar o tirolês".

Eu como não gosto nem de novelas nem de pensionistas vou emigrar para o Gabão para ser banhado em leite de coco por girafas anãs.





Ou então não...


Tenham medo. Tenham muito medo.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Dia 18 - Olé...

Ora bem, hoje nem estava para escrever nada, mas depois saí debaixo do camião TIR que me atropelou na auto-estrada e apeteceu-me fazer alguma coisa de útil pela sociedade. É que isto de levar com 5 toneladas nas costas pode para muitos ser encarado como algo de hostil ou até violento, alguns até o consideram uma coisa de desagradável... eu não, acho simplesmente que é algo pouco prático e nada bom para quem gosta de manter um low-profile.
Mas prosseguindo, hoje vou escrever sobre algo que considero que faz tanto sentido como o capachinho do Marante. Não, não é a candidatura de Mário Soares à presidência da República nem o aumento de 3 cêntimos nos iogurtes de meio litro - sabor morangos do Panamá - do Minipreço, é outra coisa.

Touradas.
Quero começar por dizer que abomino a tauromaquia em particular e à violência a animais em geral.
Antes que os defensores da tauromaquia se insurjam contra mim e comecem a enviar comentários de índole violenta e afins, tipo "Tu queres ver?" ou insultos do género - "És um 'ganda benfiquista!" eu só vos quero clarificar uma coisa:
Arena - Redonda ou oval. Personagens - meia dúzia de tipos de collants com um gorro verde na cabeça, com peso a rondar os 80-90 kg e UM TOURO que não faz a mínima ideia porque está tanta gente a olhar para ele, porque é que o chamam tantos nomes e porque é que aqueles senhores de collants e gorro verde insistem em apanhar com os cornos dele na zona da virilha. A acrescentar à lista também existem os ditos "toureiros", que primam por usarem calças cujo botão superior se encontra mais ou menos na zona do pescoço e cujo uniforme ostenta um grande número de coisas verdadeiramente masculinas, como LANTEJOULAS e POMPONS com cores garridas.

Qual é o sentido das toiradas?
Ponham-se no lugar do toiro (com ou sem os apêndices cranianos):
Está o animal que a curtir com as "grandas vacas" - como ele gosta de as chamar - e a consumir de forma desregrada ervas da mais variada espécie quando de repente chega um campino - essa figura indescritível - e lhe diz:
"- Oh boi! (começa logo com os insultos), anda aqui para este camião que vamos levar-te a dar uma volta, pode ser?"
O animal lá diz:
" - MuuuUuuUUUuuuu (Esperavam que o touro começasse a citar Confúcio ou a cantar Frank Sinatra, não?)"
E lá entra na viatura. Faz a viagem e quando sai vê que está numa arena e tem meia dúzia de marmanjos dispostos corajosamente em "filinha", para parecerem ainda menos, a dizerem-lhe "Toiro! Toiro! Toiro!Toiro! Eh toiro lind'... "
Então o animal pensa:
"Sim, sou eu, excusam de repetir o meu nome, eu sei que sou bonito, mas confesso que vocês não fazem o meu género, essa coisa do barrete e essas calças... não sei... deixem-se lá disso, está bem? É que nós os toiros, somos um bocadinho impulsivos..."
E os forcados continuam:
" - Toiro! Toiro! Toiro!Toiro!"
E o bicho, claro está, não gosta e pronto, atira-se de cabeça em direcção às já referidas virilhas do primeiro da fila.
Ora isto, caros leitores, é nem mais nem menos do que uma demonstração de masoquismo. A acrescentar a isto tudo ainda há um deles que se denomina de "rabejador"- um nome muito apanascado.

Pessoalmente não tenho grande coisa contra a parte dos forcados, o animal não se magoa muito e quem sofre mais são mesmo os pobres dos tipos. O que me irrita mesmo é a parte do toureiro.

"O toureiro, esse animal estranho."
Imaginem:
Entra o toureiro com aquele fato colorido na arena e depara-se com o animal.
Pensa o toiro, mais uma vez:
"Com uma roupa dessas, desculpa lá meu amigo, mas estás mesmo a pedir para ser gozado!"
Contam os idos históricos que nas primeiras toiradas realizadas os toureiros eram fortemente gozados pela população bovina presente na arena e eram substituidos por malabaristas suecas que cantavam a capella a música "Há bronca na discoteca" do famosíssimo Nel Monteiro, daí o nome de "festa brava" que ainda se usa hoje.
Perante o problema a ATQNTCDUFA - Associação dos Toureiros Que Não Têm Culpa De Usarem Fatos Abichanados - decidiu em Assembleia Geral na Casa do Povo de Yaounde, capital dos Camarões, que os toureiros deveriam entrar armados com uma espada ou uma bandarilha, em defesa do uso dos pompons e das lantejoulas.
Desde então lá entram os toureiros, abichanados mas armados. Os toiros, claro está, não gostam, e mostram a língua várias vezes enquanto o toureiro lá está. Mas este não tem sentido de humor e enquanto se desvia do bicho com uma capa COR-DE-ROSA - de um lado e AMARELA - do outro, vai-lhe espetando bandarilhas até o animal desistir.

"Como é que uma demonstração dos hábitos que mais aproximam o Ser Humano do animal pode ser tão valorizada por alguns estratos de sociedade, nomeadamente os media, que insistem em realizar todos os anos a "Grande Corrida"?" - Perguntam vocês.

Não sei.

Mas aqui os amantes das toiradas podem perguntar:
"- Mas espera aí, "Oh Tu!" Cá em Portugal não existem os toiros de morte!"
Pois não, em vez disso deixam o animal a sangrar até o levarem para o Matadouro no dia a seguir. Quanta misericórdia.

Querem uma solução: Deixem lá os forcados e rabejadores divertirem-se com o animal, ambos se aleijam tanto como numa partida de rugbgy e desta forma damos algum motivo para que Eles ainda acreditem na espécie humana.
Reparem no exemplo de Pamplona: Metem o toiro a descer uma rua enorme enquanto as pessoas se desviam. O bicho parte meia dúzia de costelas a meia dúzia de pessoas, é certo, mas essas pessoas sempre levam alguma história para contar, uma souvenir das férias em Espanha... e o touro diverte-se.

Para mim uma verdadeira toirada seria assim:
Arena - redonda ou oval. Personagens - Dezenas de toiros e vacas com sentido de humor, com pesos a oscilar o 190 - 270 kg e UM TOUREIRO sem espada nem bandarilhas e vestido de cor-de-rosa. É facultativo o uso do revestimento de estrume. Para que o toureiro pudesse evitar ser transformado em carne picada teria de entreter durante toda a noite os bovinos com números de stand-up e truques foleiros de ilusionismo.

Que acham?

- Ainda estou para investigar se é verdadeiro o rumor de que os toureiros têm um sucesso tremendo com as jovens do sexo feminino, será que os pompons que ostentam têm um poder de "sexual magnet" que ainda ninguém conseguiu realmente compreender e dominar? Será que me ficariam bem?




.... Hmmm, não.



Tenham medo, muito medo.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Dia 17 - O primeiro

"Hoje é um dia igual aos outros." - isto porventura poderia dar o mote para a criação de mais um livro lamechas que renderia ao seu autor dinheiro suficiente para emigrar para Vénus, quem sabe para confirmar se as mulheres - esse animal estranho - são realmente de lá ou se é só um boato lançado pela STPSQNSFSTCSJ - Seita Terrorista de Pinguins Suicidas Que Não Sabem Fazer Seitas Terroristas Com Siglas de Jeito.
Ok, voltando atrás... Não! Hoje não é um dia igual aos outros, esta é a primeira vez, e espero a última, que vos comunico directamente do sítio onde supostamente devo estudar.
Ora eis o que eu tenho a dizer:
(rufar de tambores)


- Gnu!

Pronto, já está.
Transcrição ipsis verbis de um meu professor, aquando da criação deste post:
" - Oh tu! Deixa-te disso e sai de cima da mesa, já estou cansado de te ver a imitar a Carmen Miranda, e além disso roubaste-me as maçãs e estou a ficar com fome."


Já que tem de ser, vamos falar de coisas sérias.
Como alguns de vós devem ter reparado (se não repararam, considerem-se felizardos) há poucos dias foi transmitido na televisão um tal de "Festival da Eurovisão" que fazia não-sei-não-quero-saber-e-não-quero-que-me-digam-e-no
-dia-em-que-pedir-para-me-dizerem-dêem-me-um-tiro-
porque-não-quero-mesmo-saber-quantos-anos, e para celebrar tal data passou antes um programa a falar -de quê, perguntam vocês? Não, não é do cultivo das batatas no Suriname, isso foi na semana passada - do tal festival.
Eu só tenho uma questão:
O que é que dá na cabeça àquela gente para participar? O que é que eles fumam?
Naquele programa vê-se de tudo: desde os participantes nórdicos vestidos de algo que só posso descrever como um cruzamento infeliz entre um pinheiro de natal (com luzinhas e tudo) e um colete reflector, daqueles cor-de-rosa, enquanto cantam alguma coisa imperceptível, embora haja quem diga que é , e passo a citar, "algo parecido com inglês", mas eu não me acredito muito...
Eu podia continuar a descrever os outros países, mas já me chega o meu. O ano passado, ou há dois anos, ou 3 ou qualquer coisa, participou por Portugal a intérprete Rita Guerra, e eis o que ele disse:
"Ah e tal, porque eu ia cantar em português mas como toda a gente estava a cantar em inglês, eu pensei - Primeiro erro - " 'bora lá por uma parte em inglês!" e cantei - Segundo erro - uma parte em inglês"
Resultado final: Portugal foi igual a si mesmo, ou seja, teve dois ou três pontos, resultantes de votos telefónicos dados por pessoas obesas que tinham os dedos inchados demais quando ligaram para encomendar uma pizza lá no país onde estavam.

Qual é a diferença? Cantar em inglês não vai dar mais pontos! Há uns anos foram lá uns tipos que cantaram uma música inteirinha numa linguagem que eles inventaram e, vejam bem, ficaram num lugar catita!

Não duvidem, eu nem queria dizer isto, mas os Festivais da Eurovisão não são nem mais nem menos do que os preparativos para uma invasão em massa d'Eles na qual todos seremos obrigados a andar de coletes reflectores nas auto-estradas enquanto cantamos aquela música abominável da "Gasolina". Isto é razão para ter medo.

Mas pronto, isto passou-se.

Já falei muito, por isso vou escrever mais um pouco.
Caros leitores, se porventura vocês conhecerem alguém que possa conhecer alguém que talvez tenha contacto com os amigos das pessoas que assistem às reuniões de condomínio dos vizinhos das pessoas que organizam aquilo, ou seja o festival e a respectiva participação lusa, entreguem-lhes este recado:
"O planeta está prestes a ser governados por galinhas com mau-feitio e se nós não fizermos nada para mudá-lo, seremos raptados por tubérculos gigantes que em breve emigrarão para a cave de uma casa do povo, algures no Irão."

Pronto, é isto.
Assim que o fizerem digam qualquer coisa, ok?



Tenham medo, muito medo.

terça-feira, outubro 18, 2005

Dia 16 - Estudos...

Ontem vinha a andar na rua e apercebi-me de uma coisa. Mas depois esqueci-me.
Hoje estou intrigado com uma coisa. Amanhã devo ir comprar meias, mas depois penso nisso.

Estudos científicos. O nome diz tudo.
Vocês já pensaram: Se um tipo é cientista, basta-lhe pegar em meia dúzia de folhas, pensar num assunto premente, do género: "Será que se alimentarmos uma batata com milho ela ganha asas?" e tirar algumas conclusões que tudo que é povo aceita cegamente o que dizemos. Basta ligar a televisão (ou não se ela já estiver ligada) e ver nas notícias: "Um estudo prova que se comermos menos emagrecemos." ou "Um estudo mostra que os peixes fora de água têm tendência a parecerem mortos" ou ainda "Um estudo demonstra que se usarmos as mesmas cuecas durante dois meses acabamos por cheirar mal".
Isto para não falar daqueles anúncios das televendas que dizem: "Estudos comprovam que a utilização continuada do - Inserir nome do produto - resulta em benefícios para o organismo, não adquiríveis com a utilização de outro produto semelhante. Não se deixe enganar, o nosso é o melhor. Mas das televendas eu falo depois.

Já imaginaram o poder?

Imaginem uma conversa de bar:
(Aproxima-se do balcão o jovem cientista, encharcado de after-shave e vestido com a camisa do pai, e repara numa jovem fisicamente atraente à sua esquerda. - Os últimos dias que passou foram a provar que se batermos com a cabeça num bloco de concreto durante 50 minutos sem parar deixamos de sentir os pés - curiosidade, em nada vai afectar o desenrolar da história, mas é sempre bom saber...)

Jovem cientista (JC - não confundir com aquele senhor que foi espancado e depois ficou pendurado) - Olá. Tudo bem?
Jovem fisicamente atraente (JFA - não confundir com outra coisa que tenha a sigla JFA) - ....
JC- Pois é... hoje está fresquinho, não, anda aí uma corrente de ar que upa upa...
JFA - ...
JC - Isto de ser cientista tem cada coisa (indagação retórica com finalidade de captar a atenção dos demais...)
JFA - É cientista?
JC - Sou sim, acabei agora de fazer um estudo.
JFA - Um estudo? Que interessante... e o que é que o estudo concluiu?

(Observem o poder...)
JC - O estudo permitiu-me concluir que se abordarmos uma jovem fisicamente atraente num bar ou outro estabelecimento de lazer, sem contar com shopping centers, e ela sair connosco nos 10 minutos seguintes, sob o pretexto de lhe mostrarmos o dito estudo, o Pib da Somália duplica.
JFA - Mas como é isso possível?
JC - Bem, só o posso explicar se lho mostrar.
JFA - Então vamos lá.

E assim acontece. Tudo isto com um singelo estudo científico e três garrafas de vodka.
E quem é que ganha com isto? A Somália.

A minha pergunta é só uma:
Mas quem é que faz estes estudos? A sério. Se souberem, deixem aí a morada que eu gostava de lhes prestar uma visita com o meu martelo. Era uma coisinha rápida...

terça-feira, outubro 11, 2005

Dia 15 e 1/2 - Política...

Não sei se já disse isto alguma vez, mas eu abomino a política actual e tudo que com ela se relaciona. Para mim as coisas correriam muito bem se seguíssemos o sistema dos aborígenes do Gabão posto em prática aquando da realização do OviBeja de 1978, ou seja, sermos governados por tatus e cães da pradaria.

As eleições autárquicas decorreram há pouco tempo e as presidenciais estão a chegar. Ora o que é que eu descobri: para nos podermos candidatar à presidência da República só precisamos de ter 35 anos, ser do país ao qual nos queremos candidatar e ter 7500 assinaturas. É só isto. Os planos para governar o país chegam depois quando alguém nos perguntar, até lá safamo-nos com isto. Sabendo isto, só tenho uma questão, pronto, duas:
1.Porque raio é que dos candidatos que temos só um tem menos de 60 anos? É assim tão difícil arranjar assinaturas?
2.(e talvez a mais importante) Qual é o caminho mais curto para o Nepal?...

As informações que ultimamente têm sido divulgadas pelos media permitiram-me elaborar uma síntese das características do partidário típico de um partido qualquer, independentemente da tendência:

1- O andar meio perdido e o olhar num horizonte que nunca mais acaba - se repararem nas notícias, sempre que há uma candidatura de alguém lá se vêem eles a andar para um sítio qualquer, a repetir pela 35683636289601ª vez uma frase de comando, para não se esquecerem, talvez...

2 - O discurso estereotipado - no qual criticam tudo e só sabem dizer que as coisas não andam para a frente, e que Portugal está na cauda da Europa, e que o cabelo do Marante é verdadeiro e por aí...

3- A porcaria das bandeirinhas!! Uma caneta eu até compreendo, a t-shirt, vá lá, dá para usar como pijama, mas para que raio servem as bandeirinhas?!! Aquilo nem dá para andar à pancada, parte-se logo ao primeiro impacto!

4 - * Inserir aqui o apontamento crítico/cómico/ridículo que lhe vier à cabeça* (Digam lá se este blog não é o exemplo da interactividade...)



- Altura do repto - :
Portuguesas e portugueses, venho por esta forma pedir a vossa ajuda num empreendimento nunca antes visto, ou lido, ou ouvido, ou dactilografado ou outra coisa qualquer...
PAULO CHINA A PRESIDENTE!

Querem razões para votar no homem?
Ora vejamos:
- Quem é que o Paulo China não conhece? (A parte das assinaturas está resolvida.)
- O Paulo China gosta de perú e não joga à Batalha Naval. (Está resolvida a parte dos negócios estrangeiros e da importação e exportação de aves para o estrangeiro)
- O Paulo China usa óculos e é, vá lá, "anafadito", daí que tem logo dois grandes grupos da nossa sociedade que se identificam com ele - os estrábicos albinos e as avestruzes anãs.
- Quem é que se mete com um tipo daquele tamanho? (Poupa-se dinheiro com os seguranças)
- Já imaginaram os benefícios decorrentes da melhoria de relações com os povos asiáticos? Um presidente com um nome de um país? Eu já estou a imaginar, ruas pejadas de lojas dos "chineses", restaurantes chineses em tudo quanto é shopping...


pensando bem, isso já existe...


Bem, se mesmo assim não quiserem votar no Paulo China, podem sempre optar pela segunda alternativa, ou seja, votar no Arnoldo, o meu gato que é tarado sexual... ele deve ter mais de 35 anos em anos de gato e, embora não tenha as ideias revolucionárias do Francisco Louçã, tem o sucesso do Santana Lopes com as "gatas" ...


Ah, e também tem pêlo macio...


Bem, já chega por hoje...


Tenham medo, muito medo.

Dia 15 - O perú...

Olá caros leitores.
É definitivo, Eles chegaram, estão aí, andam de autocarro e cheiram a perú.
"- Serão Eles, aqueles seres estranhos que tanto criticas e conspiras que planeam a eliminação de todos os terráqueos, Toy incluído?"
Bem, agora que falam nisso... também, mas não era isso que queria dizer. Não são Eles "Eles", são os outros "Eles"... bem, é melhor contar a história do princípio...
Era uma vez um planeta que era redondo, aliás, ligeiramente achatado nos pólos, mas ninguém notava. Como estava a dizer, esse tal planeta era habitado por seres que tinham a particularidade de habitar planetas ligeiramente achatados nos pólos, embora não reparassem nesse pormenor. Resumindo um bocado a história, um dia vieram uns tipos sabe-se lá de onde e transformaram aquele planeta parecido com uma esfera num porta-aviões para jogar à Batalha Naval. Fim.

Ora, o que é que esta história tem a ver com o cheiro a perú? Segue-se a explicação.
Quando os ditos sujeitos pensaram em transformar o planeta num acessório para uma actividade de cariz lúdico, um deles disse:
" - Não era bom se nos pudéssemos transformar em pentes e escovas de cabelo?"
Ao que o seu companheiro retorquiu:
" - Essa idéia é parva. Onde raio é que guardávamos a carteira?"
E então o primeiro sujeito implodiu-se ao som do best-of de "Tonicha" enquanto fazia uma sandes - de quê? Perú, lá está.
E isto passou-se.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Dia 14 - o diário...

Hoje é um dia especial, passa exactamente um dia do dia de ontem e isso é uma coisa que não se repete todos os dias, não é?
Mas celebrações à parte, hoje sinto a necessidade de partilhar convosco algo que há uns anos me inquieta e que só agora tive coragem de revelar:
Pronto, já está.
Hoje tenho vontade de falar sobre... este blog, acho que já é altura...
Eu podia estar a perder alguma tempo a enumerar coisas que me inquietam, mas cheguei à conclusão, após anos de meditação na província indiana de Nagpur, pensando melhor...pronto... meses... vá lá... dias... ok, eu confesso, minutos, minutos de meditação dentro de uma caixa de cartão canelado enquanto uma girafa vestida de tutu cor-de-rosa cortava fiambre da perna extra ( sabem, aquele tipo de fiambre dos porcos que têm 5 patas) ao som de 50 Cent.... Onde é que eu ia? Ah, após minutos de reflexão, cheguei à conclusão de que não vale a pena enunciar o que me intriga, porque de cada vez que o faço a taxa de suicídios do Iêmen duplica... sim, porque este blog, devido às suas características únicas, é famosíssimo nos países asiáticos e do sul de África. Nestes dois continentes pastores entoam estes textos para abençoar as suas colheitas e para baptizar os seus nascituros. Isto para não referir os xamãs da Amazónia que usam estes textos para fazerem simpatias...

(Mas a Amazónia não fica nem na Ásia nem no Sul de África - indagam vocês - a Amazónia aqui referida não é aquela mega-floresta no Sul da América, mas sim um snack-bar de comida vegetariana cujo proprietário é um aborígene anão que já trabalhou comigo na fábrica de detectores de fumo onde trabalhei durante... deixa ver... mais IVA... 10 minutos, é isso, 10 minutos...)

Muita gente que me vê na rua pergunta-me:
" - Tens horas?", ou então :
" - Já passou o autocarro?" (Esta pergunta é parva, se o autocarro já tivesse passado acham que ainda estaria lá? Enfim...)
Mas aqueles que me conhecem dizem:
" - Então, está tudo?"
Ainda existem uns senhores que me dizem: "Mas afinal, quem são "Eles" que tu tanto referes?"
E aí eu respondo:
- Eles são "Eles", mas também podem ser "Elas", é tudo uma questão de perspectiva.
- Isso de "é uma questão de perspectiva" é um bocado vago... não podias ser mais específico? - perguntam.
- Mais específico... eu... bem, quer dizer...não.

E isto passa-se.

Como hoje não disse nada de útil (para variar), vou terminar com algo de nunca antes visto nos blogs da ACAPO (esta foi mazinha...) Já sabem, sempre que estiverem numa situação constrangedora, recorram a vosso bel-prazer a uma destas tiradas para ouvirem comentários do género: "fooo... este gajo sabe", ou então "Tás bonito, estás!"

- Conselhos sábios do post para qualquer ocasião. (com o devido autor à frente) -
Nota: Ler as seguintes frases ao jeito de Vitor de Sousa para maior impacto...

"Onde fores, aí estarás." - Velho provérbio chinês (Mas porque é que as pessoas insistem que o que vem da China é bom? "Ah e tal, é um provérbio chinês, deixa lá fazer disso o meu modelo de vida...")
"Vais partir naquela estrada, onde um dia chegaste a sorrir... vais deixar, abandonada,essa flor que era amor a florir..." - Clemente (sem comentários...)
"Eu estou aqui.... eu estou aqui... eu estou aqui.... eu estou aqui... eu estou aqui... eu estou aqui..." - Pedro Abrunhosa (genial...)
- Deixaste-me as malas à porta, deixaste um bilhete dizendo-me assim: "Vai-te embora, vai-te embora, que eu já não te quero aqui"... - José Caprino, mais conhecido como "Zé Cabra" (Camões, rói-te de inveja...)


Tenham medo, muito medo...

terça-feira, setembro 13, 2005

Dia 13 - A conspiração da couve

Passei há uns dias pelo Bolhão - um conhecido mercado do Porto e verifiquei uma clara distinção e desigualdade no tratamento de certos vegetais, e sendo eu um paladino da libertação dos oprimidos e fracos, ou simplesmente um tipo com tempo a mais, acho que já é altura de se falar nisto:
A couve. "O que é a couve?" - perguntam vocês.
A couve é uma hortaliça originária da costa do Mediterrâneo e pertence à família das Brássicas, assim como o repolho, os bróculos, a couve-flor e o rabanete.
Existem muitos tipos de couve: couve-flor, couve galega, couve-coração, couve de bruxelas.... e por aí... Ora aí está!
Porque é que a couve de Bruxelas não se chama de "Couve bruxelense" ou porque é que a couve galega não se chama de "Couve da Galiza"? Há claramente uma dualidade de critérios no que diz respeito ao tratamento da couve, e tal situação só pode trazer consequências negativas para o mundo dos vegetais, tubérculos e afins.
Demis Roussos disse numa sua conhecida música, e passo a citar:
"Goodbye my love goodbye, goodbye and au revoir, as long as you remember me, i'll never be too far"
Se descodificarmos, ao jeito de Robert Langdon (pois é, eu também li o "Código Da Vinci") estes versos de um dos artistas mais estranhos do mundo da música, podemos concluir que na verdade isto é nem mais nem menos que uma ode ao mundo da couve.
"Há que sermos directos, há que pôr o dedo na ferida, o mundo da couve está no caos, é necessária uma legislação que traga a ordem no reino vegetal." - foram estas as palavras de uma personalidade importante neste mundo e que "dá cartas" na civilização dos gnus do norte da Suazilândia, civilização essa que é conhecida por jogar damas aos Domingos.
Antes de serem tomadas medidas, é necessário definir o ponto de situação da couve no panorama vegetal português.
A couve sabe a qualquer coisa que ninguém consegue definir, admira-me que um vegetal de tal variedade ainda não tenha dado origem a uma profissão semelhante à do enólogo com os vinhos, ou seja, alguém que definisse de vez qual o sabor da couve, um couvólogo ou coisa parecida.
Os portugueses usam a couve em tudo que é receita típica, poucos são os pratos que não levam uma couve qualquer no meio: ora vejamos: feijoada - couve, Cozido à portuguesa - couve, sopa - couve, Tripas à moda do Porto - couve... é melhor parar por aqui, já estou cansado de escrever a palavra "couve".
Em resumo, a ideia é esta:
A couve é uma invenção de José Cid aquando do seu êxito "Como o macaco gosta de banana". Sim, sim... originalmente a música ia ser chamada de "Como o Demis Roussos gosta de couve de Bruxelas temperada com um ligeiro toque de molho grego" ou simplesmente "ATUM" (considero o atum como o melhor amigo das pessoas que não sabem cozinhar), mas por motivos de burocracia, a coisa ficou-se pelo macaco.
Sempre que me deparo com tal vegetal, pergunto-me se não correrei o risco de me transformar num suricata anão, de uma província esquecida localizada a sul de N'Djamena, capital do Chade. Ou pior... num pensionista....argghhhh!!!


Eu vou só ali cortar os pulsos mas já volto...

Dia 12 - cá vai...

O médico preveniu-me para não o fazer, mas que se lixe, cá vai:

ok, já está.

Ontem deu-me para pegar num jornal para matar uma melga na parede do meu quarto e durante o processo calhei de ler umas coisitas, não deu para ler muito bem mas fez-me pensar:
Em Espanha existe um grupo de senhores e senhoras que trabalham para uma organização de cariz revolucionário denominada de ETA. Este grupo tem como objectivo a independência do País-Basco e esses senhores fazem para o efeito uns ataques denominados de "terroristas", nos quais explodem com carros e outras coisas, ataques esses que resultam em muitas vítimas mortais inocentes.
Isto fez-me pensar:
Se a Espanha tem tantos povos, com dialectos diferentes, e alguns deles explodem com coisas para serem independentes, o que aconteceria se os mirandeses começassem a reivindicar a independência?
"A batalha da Posta à Mirandesa..."

Parece-me bem.

Dia 11- O regresso

"Voltei, voltei, voltei de lá"... é melhor não continuar...
É verdade, estive muito tempo sem dizer nada, até tempo demais, mas a culpa não foi minha... meus amigos, é verdade... Eles apanharam-me....
Lembram-se daquele filme que estreou há uns tempos no cinema, "Guerra dos Mundos", com o Tom Cruise? Não? Ok, não faz mal....
O que se passou foi que "Eles" descobriram que os andava a topar há muito tempo, e, numa iniciativa histórica, fizeram um pacto com a Telepac e conseguiram calar dessa forma "a voz" que os denunciava... pensando bem, se calhar o pessoal da Telepac também tem alguns agentes infiltrados...
Mas pronto, isso agora já passou...
Tenho algumas denúncias para fazer, e é melhor fazê-las rapidamente antes que me calem outra vez...
Hoje vou falar de uma das piores calamidades do Verão: Não, não são os tsunamis, nem os furacões, nem os biquinis de fio-dental (esses não têm nada de calamitoso, mas não ficam bem em todas as tipas...), nem os concertos de Verão, apelidados de "bailes" pelos populares, concertos esses que contam com a participação de artistas como: Toy, Nel Monteiro (o único e felizmente inimitável), Diapasão, Clemente e ... é melhor parar de escrever mais nomes, o meu cérebro corre o risco de se transformar em papa. Mas continuando, não é de nenhuma dessas calamidades que vou falar hoje, vou falar dos condutores portugueses.
Ora, o que é que define ao certo um condutor lusitano, perguntam vocês?
Basicamente é um condutor que nasceu em Portugal.
Começando pelo tablier do carro, podemos denotar logo certas características do condutor luso: O terço enrolado no espelho retrovisor, complementado pela figura de Fátima em baixo. Ao lado podemos reparar numa chapinha de metal que na maior parte das vezes tem a identificação do senhor que conduz o carro. Atrás, junto à chapeleira (aquela tábua atrás dos bancos traseiros, onde geralmente estão as colunas) podemos ver o cachecol do clube futebolístico do condutor, ou então um cachecol da Selecção Nacional, para os indecisos. Mas não ficamos por aqui, ao lado do cachecol, ou até em cima, podemos ver ou aquele canito que abana o pescoço quando o carro se mexe ou um peluche de um gato ou qualquer animal muito peludo.
Eu podia estar aqui a enunciar mais algumas características dos condutores, mas não me apetece.
"Mas qual é o mal de ter o carro decorado com tais apetrechos, oh tu?" perguntam vocês.
Bem, não haveria problema nenhum se o carro não andasse na rua.
Mas porque é que as pessoas insistem em decorar o carro? Será que pensam que o carro vai andar mais ou que vai consumir menos se tiver uns óculos de sol pendurados no espelho? E já agora, qual é a ideia dos autocolantes? Será que pensam que por porem um autocolante a dizer "Turbo", o carro vai ganhar mais cavalos? Em parte têm razão, em vez de terem, digamos, 80 cv, passam a ter 81, se contarem com quem teve a brilhante ideia de transformar o automóvel numa caderneta ambulante.
Mas isto não acaba aqui, eu até poderia conviver com a ideia dos carros decorados e tal e coiso se os carros não fossem conduzidos. O condutor português conduz mal. Basta sair à rua e ver os carros estacionados, há sempre algum espertinho que consegue a proeza de estacionar um Smart de modo a que ocupe o espaço de um autocarro....de lado, claro! E mesmo na estrada, a maior parte dos condutores esquece-se que o seu carro tem "Piscas"! Estão a ver aquelas varas à beira do volante? Aquilo mexe-se, não serve só para pendurar aqueles papelinhos que vos dão quando fazem a revisão!
E qual é a ideia da música aos altos berros? A sério, vocês têm a necessidade de mostrar ao mundo que já não têm tímpanos? Isto para não falar da quantidade de siglas que os carros têm atrás...
"Hey, olhem para mim, estou aqui com cara de mau a conduzir o meu Renault 5 Turbo GTI CSD PPD PCP DSGTLi 7 e 1/2! Que maquinão!" O que é aquilo, é o nome de quem produziu o carro?

Enfim, as pessoas de nacionalidade portuguesa que conduzem os veículos (já estou farto de escrever a palavra "condutores") conduzem de uma forma semelhante aos rituais de acasalamento dos perús albinos da Suazilândia, cuja capital é Mbabane.

Este problema todo do preço dos combustíveis não é por causa da guerra nem por causa dos árabes, nem sequer por causa do crescimento de 0,75% no PIB do Tajiquistão (capital Duchanbe). Isto foi uma manobra levada a cabo por Eles para ver se os maus condutores abandonam as estradas... pois é, Eles nem sempre fazem coisas más...

Para acabar, vou fazer uma coisa inédita neste blog, nunca antes vista, vou acabar este repto com uma das piadas mais secas de que há memória, eu sei, é arriscado, mas cá vai:
- Querem acabar com os acidentes nas estradas portuguesas?
- Não? Ok, mas façam de contam que sim...
- Se querem acabar com todos os problemas nas estradas portuguesas coloquem 2 argolas de ouro, não mais, presas ao volante dos carros.
- Porquê? - perguntam vocês.
(Vem aí a punchline, preparem-se....)
- Ora, porque toda a gente sabe que o ouro é um dos melhores condutores do mundo.



-pausa para suicídios em massa....-


Ainda estão aí?

Tenham medo... muito medo...

sexta-feira, julho 15, 2005

Dia 10 - Ou não...

O sistema educacional português tem algumas coisas que só fazem sentido em países como o Burundi, ou até mesmo a conhecidíssima província de Aktyubinsk, no Cazaquistão, onde a auto-flagelação, seguida por uma sessão continuada de escuta dos grandes êxitos de Clemente, acabando com um salto de fé abaixo de uma ravina de 40 metros de altura, que termina num lago de 1,35 m de profundidade povoado por piranhas famintas, ainda é considerada uma ideia do tipo "hey, porque não?"
Hoje deu-me para sair à rua e questionar as pessoas que lá passam, esse amontoado heterógeneo de experiências, vivências, sonhos, desejos....... - preencher o espaço seguinte com o género de coisas lamechas com os quais algum escritor "pop" venderia mais 2 ou 3 livros, suficientes para comprar mais duas ou três vivendas no Gabão - ... continuando, saí à rua e armei-me em repórter, comecei a perguntar às pessoas o que é que achavam desta coisa dos exames do Secundário, e obtive resultados interessantes, no mínimo. Cá vai:
" - Eu acho que os exames fazem tanto sentido como o capachinho do Marante. "
" - Eu considero a existência de avaliações por forma de um exame escrito aos alunos que frequentam o secundário como sendo vitais para a formação de uma sociedade estável, pois considero a cultura e educação como pilares essenciais para uma vida em cidadania. No entanto a minha opinião está limitada porque sou apenas um poste telefónico."
" - Não creio que possa responder devidamente à sua questão, pois ainda não sei falar."
" - Tens mortalhas?"
Bem, depois de saber a opinião dos professores do curso que frequento (acima mencionadas), decidi perguntar a alguns alunos, os que ainda não estavam senis... tão pouquinhos que eles são...
" - Arggghh... tira, larga-me, larga-me, não me vão apanhar vivo, as sardinhas vão dominar o mundo.....aaahhhhh (neste momento, o jovem entrevistado atirou-se da janela abaixo, foi pena, ficou a dever-me 2€...)"
" - Exames? O quê? Mais exames? Secundário? Que secundário? Eu não tenho essa cadeira, pois não, quando é que é o exame? Eu não estudei nada... e agora? (Nesta altura, pela primeira vez decidi fazer alguma coisa de cívico e expliquei-lhe o que queria dizer... ) - Ahhh, esses exames... pois, acho bem, eles têm de sofrer!!! HAHAHAHA.... riso maquiavélico..."
" - Eu sou uma toupeira."
" - Os exames, sejam no secundário ou no ensino superior, têm uma coisa interessante... eu ainda não descobri, mas acho que deve ter."
" - Eu acho que essa palhaçada dos exames é tudo uma fachada do sistema capitalista neo-fascizóide que quer atirar areia para os olhos do proletariado para ocultar os "Bushismos" do Século XXI. Queres um exemplo? ( Não.) Então eu digo: Olha o Afeganistão: O comércio lá não anda para a frente porque os bombistas-suicidas teimam em comprar fiado e depois não pagam... pois é, ninguém se lembra dos comerciantes, dos vendedores de bombas... enfim, se esta ideia passa para Portugal, isto vai ser um "estouro"..."
" - Los examens son crrruuciaix parra o desenvolvimiento de los aluños del Secudarr... (aluno de Erasmus...). Gostarr mucho de Isabel Figueira, she is buona como el corn..."
"Ox exms som fixx, pk o ppl fax xenaxxx altmnte e kdo kopia juntos tiramoss ax mmax notxx...( nesta altura agredi com o meu vigoroso, portentoso e não-baptizado martelo a entrevistada, porque simplesmente abomino o SMS'ês)
" - Deixa-me em paz, vai-te lá embora!"

E muitos mais, que não tenho paciência para estar a pôr aqui....
O que é que isto me permitiu concluir? 2 coisas... ou se calhar não:
1 - Não tenho jeito para fazer entrevistas.
2 - O absinto não deve ser bebido durante as entrevistas.

... mas mais importante que isto:
OS EXAMES FAZEM MAL. A ÚNICA COISA BOA DOS EXAMES É O FIM. Quando é que as pessoas se vão aperceber disso? Os exames, não os dos secundário mas os do Ensino Superior são claramente uma invenção d' Eles (pois é, pensavam que me tinha esquecido d'Eles...) para controlarem toda a população estudantil, futura força de trabalho portuguesa.

- Altura de conselhos sábios do Post -
Jovem, se já aguentaste esta quantidade obscena de disparates, escuta com atenção: Já está? Agora deixa-te de ser parvo e lê o que vai ser escrito a seguir:
- Diz não ao exame em segunda mão. Se algum professor estranho te abordar numa sala de aula e te entregar para as mãos o dito "exame", olha-o nos olhos e diz: Não me corromperás, concubino do demónio! Vade retro!! (Nesta altura atirem-lhe para a cara um frasco de baba dos camelos - albinos, claro - que têm a mania que são babuínos do Senegal - , vão ver que eles se derretem e revelam a sua natureza abissal...)
Juntos desmancharemos esta calamidade pública...


... ou provavelmente não, mas seria engraçado tentar.
Se alguém tentar diga qualquer coisa na zona indicada para o efeito, pode ser?

quarta-feira, julho 13, 2005

Dia 9,2 - O manifesto

Há dias em que as pessoas passam por mim na rua e dizem:
"- Ah, porque nunca pensei que o coiso fosse assim..."
"- E o outro, não estava à espera que saísse..."
E depois as pessoas que realmente me conhecem dizem-me:
- Então, está tudo?
E eu:
- Tá-se...

Dentro desta temática, José de Almada Negreiros elaborou em inícios do Século XX o conhecido "Manifesto Anti Dantas", pois bem, eu decidi adaptá-lo (ok, copiá-lo integralmente e cortar algumas coisas) para constituir o já necessário e muitas vezes requisitado à minha pessoa:

MANIFESTO ANTI PENSIONISTA

BASTA PUM BASTA!

UMA GERAÇÃO, QUE CONSENTE DEIXAR-SE REPRESENTAR POR UM PENSIONISTA É UMA GERAÇÃO QUE NUNCA O FOI! É UM COIO D'INDIGENTES, D'INDIGNOS E DE CEGOS! É UMA RESMA DE CHARLATÃES E DE VENDIDOS, E SÓ PODE PARIR ABAIXO DE ZERO!

ABAIXO A GERAÇÃO!

EMIGRE PARA A SIBÉRIA O PENSIONISTA, EMIGRE PARA A SIBÉRIA! PIM!

UMA GERAÇÃO COM UM PENSIONISTA A CAVALO É UM BURRO IMPOTENTE!

UMA GERAÇÃO COM UM PENSIONISTA À PROA É UMA CANÔA UNI SECO!

O PENSIONISTA É UM CIGANO!

O PENSIONISTA É MEIO CIGANO!

O PENSIONISTA SABERÁ GRAMMÁTICA, SABERÁ SYNTAXE, SABERÁ MEDICINA, SABERÁ FAZER CEIAS P'RA CARDEAIS SABERÁ TUDO MENOS ESCREVER QUE É A ÚNICA COISA QUE ELE FAZ!

O PENSIONISTA PESCA TANTO DE POESIA QUE ATÉ FAZ SONETOS COM LIGAS DE DUQUEZAS!

O PENSIONISTA É UM HABILIDOSO!

O PENSIONISTA VESTE-SE MAL!

O PENSIONISTA USA CEROULAS DE MALHA!

O PENSIONISTA ESPECÚLA E INÓCULA OS CONCUBINOS!

O PENSIONISTA É PENSIONISTA!

O PENSIONISTA É JÚLIO!

EMIGRE PARA A SIBÉRIA O PENSIONISTA, EMIGRE PARA A SIBÉRIA! PIM!

E O PENSIONISTA TEVE CLAQUE! E O PENSIONISTA TEVE PALMAS! E O PENSIONISTA AGRADECEU!

O PENSIONISTA É UM CIGANÃO!

NÃO É PRECISO DISFARÇAR-SE P'RA SE SER SALTEADOR, BASTA FALAR COMO PENSIONISTA! BASTA NÃO TER ESCRÚPULOS NEM MORAIS, NEM ARTÍSTICOS, NEM HUMANOS! BASTA ANDAR CO'AS MODAS, CO'AS POLÍTICAS E CO'AS OPINIÕES! BASTA USAR O TAL SORRISINHO, BASTA SER MUITO DELICADO E USAR CÔCO E OLHOS MEIGOS! BASTA ANDAR DE AUTOCARRO! BASTA SER JUDAS! BASTA SER PENSIONISTA!

EMIGRE PARA A SIBÉRIA O PENSIONISTA, EMIGRE PARA A SIBÉRIA! PIM!

O PENSIONISTA É UM ALIEN QUE DEITA PR'A FÓRA O QUE A GENTE JÁ SABE QUE VAI SAIR... MAS É PRECISO DEITAR DINHEIRO!

O PENSIONISTA É UM SONETO D'ELLE-PRÓPRIO!

O PENSIONISTA EM GÉNIO NUNCA CHEGA A PÓLVORA SECA E EM TALENTO É PIM-PAM-PUM!

O PENSIONISTA NÚ É HORROROSO!

O PENSIONISTA CHEIRA MAL DA BOCA!

O PENSIONISTA GOSTA DE NEL MONTEIRO!

O PENSIONISTA NÃO SABE ANDAR DE AUTOCARRO!

EMIGRE PARA A SIBÉRIA O PENSIONISTA, EMIGRE PARA A SIBÉRIA! PIM!

O PENSIONISTA É O ESCARNEO DA CONSCIÊNCIA!

SE O PENSIONISTA É PORTUGUÊS EU QUERO SER ESPANHOL!

E AINDA HÁ QUEM NÃO CORE QUANDO DIZ ADMIRAR O PENSIONISTA!

E AINDA HÁ QUEM LHE ESTENDA A MÃO!

E QUEM LHE LAVE A ROUPA!

E QUEM TENHA DÓ DO PENSIONISTA!

(...)

PENSIONISTA & PENSIONISTA, Lda.,
"PENSIONISTA, PARA A AZIA E MAL-ESTAR",
"BERMUDAS PENSIONISTA" ,
"PENSIONISTA SPORT CLUB"
E LIMONADAS PENSIONISTA - MAGNESIA.

E FIQUE SABENDO O PENSIONISTA QUE SE UM DIA HOUVER JUSTIÇA EM PORTUGAL TODO O MUNDO SABERÁ QUE O AUTOR DOS LUSÍADAS É O PENSIONISTA QUE NUM RASGO MEMORÁVEL DE MODÉSTIA SÓ CONSENTIU A GLÓRIA DO SEU PSEUDÓNIMO CAMÕES.

E FIQUE SABENDO O PENSIONISTA QUE SE TODOS FOSSEM COMO EU, HAVERIA TAIS MUNIÇÕES DE DEDOS MÉDIOS NO AR QUE LEVARIAM DOIS SÉCULOS A SEREM ESQUECIDOS

MAS JULGAIS QUE N'ISTO SE RESUME A SOCIEDADE PORTUGUESA? NÃO! MIL VEZES NÃO!

TEMOS, ALÉM DISTO O TOY QUE JÁ FEZ RIMAS P'RA TVI QUE DEIXOU DE SER A DERROTA DOS SENSACIONALISTAS P'RA SER A DERROTA DO TOY.

(...)

EMIGRE PARA A SIBÉRIA O PENSIONISTA, EMIGRE PARA A SIBÉRIA! PIM!

PORTUGAL QUE COM TODOS ESTES SENHORES, CONSEGUIU A CLASSIFICAÇÃO DO PAÍS MAIS ATRASADO DA EUROPA E DE TODO O MUNDO! O PAÍS MAIS SELVAGEM DE TODAS AS ÁFRICAS! O EXILIO DOS DEGRADADOS E DOS INDIFERENTES! A AFRICA RECLUSA DOS EUROPEUS! O ENTULHO DAS DESVANTAGENS E DOS SOBEJOS! PORTUGAL INTEIRO HÁ-DE ABRIR OS OLHOS UM DIA - SE É QUE A SUA CEGUEIRA NÃO É INCURÁVEL E ENTÃO GRITARÁ COMIGO, A MEU LADO, A NECESSIDADE QUE PORTUGAL TEM DE SER QUALQUER COISA DE ASSEADO!

EMIGRE PARA A SIBÉRIA O PENSIONISTA, EMIGRE PARA A SIBÉRIA! PIM!

Almada Negreiros sabe o que diz. E é isto.
Ok, ok, antes que as Associações de Pensionistas Chateados com o "Oh tu!" volte a criticar-me e a enviar dentaduras ressequidas para a minha caixa de correio a dizer: " - A gente encontra-se. We're watching you.", eu só tenho uma coisa a dizer... já disse, não vou repetir.

Claro que há pensionistas não alienados que nem são más pessoas, mas não me apetece falar desses.

Hoje os pensionistas, amanhã o mundo.
Boas férias, planeta Terra.

Dia 9 - fraquinho...

Bem, após muitos pedidos (1 da minha mãe, para eu me levantar, um do meu irmão, para o deixar dormir e um duma pensionista, para que eu lhe desse o lugar, pergunta à qual respondi: ... "não".) hoje regresso para falar de mais algumas coisas que considero vitais para a sobrevivência dos perús do Chile, criados por suricatas que têm a mania que são abóboras.
O Verão chegou ( não sei se já repararam) e com ele uma grande calamidade. Não, não estou a falar dos incêndios, nem dos arrastões, nem das pensionistas de fato-de-banho que invadem as praias, nem dos programas televisivos de Verão que contam com convidados como o conhecidíssimo Tino de Rans a cantar a música do pão e do fiambre, e da manteiga e das beterrabas, e os espinafres...arghh... Não, embora esse tipo de conteúdos possa chocar até o mais resistente dos cidadãos, o que me intriga verdadeiramente é outra coisa:
Pão de forma.
Mas o que é que o pão de forma tem de tão intrigante que possa merecer a atenção do "Oh tu!", esse inteligentíssimo criador de teorias que revelam os podres da nossa sociedade? - pensam de momento os caríssimos leitores.
- Bem... nada, o pão de forma não tem nada de intrigante à primeira vista, foi simplesmente a primeira palavra que me veio à cabeça (sim, eu sei que "pão de forma" não é só uma palavra, mas como este é o meu blog, eu posso).
O que é que se pode dizer sobre o pão de forma? Basicamente é pão... em forma. Isto parece simples, mas quando vistas as actuais espécies de pão de forma que existem no mercado (pão de forma simples, integral, com côdea, sem côdea, jumbo, júnior, com cálcio, sem cálcio, com sabor a pão, com sabor a tosta mista, sabor a sandes de presunto sem presunto, e outros...) , o que é que podemos concluir? Existem seres, provavelmente alienígenas à nossa sociedade, que querem incutir nas mentes dos cidadãos um dos piores medos: a indecisão.
Ora vejamos, um gajo vai a um "café" - isto já começa mal, porque nesses estabelecimentos não se vende só o café, porque raio é que aquilo não se chama "croissant", "meia-de-leite", "pica-pau", ou até "caldeirada de agriões com molho de hortelã-pimenta", esse prato característico das planícies do Bahrein, cuja capital é a conhecidíssima Manama...? Pois é, ninguém liga a isto, mas isto não deixa de ser importante... continuando - um tipo chega a um café e pede o quê:
-Um café, se faz favor.
E então o tipo pergunta
- Muito bem, de quê?
- Café... de café?
- Eu sei, mas café da Colombia, da Etiópia, da Austrália... (neste intervalo deixamos de ouvir, porque passa na rua uma jovem fisicamente atraente...)... do Katar, da Suazilândia ou da Zâmbia?
- Café... aquela cena escura que se põe numa chávena e se bebe...
- Muito bem, com açucar ou com adoçante?
- Esqueça, eu lembrei-me agora que não gosto de café...

E é isto. O que é que acontece? O jovem fica de tal forma confuso que a única forma de se libertar de tal atrofio mental é mergulhando em sessões contínuas de flagelação com muita dor conduzidas por uma avestruz com mau-génio que gosta de bananas.

E o pão de forma, onde é que entra?
Não sei, digam-me vocês.
(Catita, não? Digam lá, este blog não é um poço de surpresas?)

Eles estão entre nós.

terça-feira, junho 21, 2005

Dia 8 - Um pouco atrasado

Olá. Já passou algum tempo desde as minhas últimas revelações, são coisas da vida... Mas vamos ao que interessa:
Segundo as mais recentes estatísticas, gentilmente cedidas pelo GCNVSICMAPESEV - Grupo de Crentes Numa Vitória da Selecção do Irão no Campeonato do Mundo Antes do Próximo Eclipse Solar em Vénus, este degradante blog já teve mais de 100 visitas, e não tive de pagar a ninguém para o visitar!(pronto, houve uma ou outra pessoa que teve um empurrãozinho persuasivo, um martelo- ainda não baptizado- encostado à cabeça faz milagres...) Antes de fazer a revelação da noite, quero desde já agradecer a quem teve a paciência para fingir que leu pelo menos um parágrafo... aos outros, só tenho uma coisa a dizer... pronto, já disse.
(Paulinha, foste a visitante nº 100, obrigado! ;) )
Hoje não me apetece falar muito, por isso vou-me ficar por apenas escrever.
Como já referi há uns posts atrás, para além de possuir um martelo porreiro, uma iguana azul-escura e um gato chamado Arnoldo que é um tarado, eu considero-me uma pessoa normal. Ora, o que fazem as pessoas normais em Portugal, para além de se queixarem que "isto está mal" e comerem amendoins aos Domingos, enquanto fazem o pino ao som de qualquer CD dos D'Arrasar? Exactamente, vêm televisão.
A televisão é uma coisa que sempre me intrigou. Quando era puto (tipo há duas semanas atrás, ou coisa parecida, o Alzheimer está a dar cabo de mim...) eu perguntava-me como é que as pessoas cabiam lá dentro, e como é que se mudavam tão rapidamente quando eu mudava de canal... mas depois deixei-me disso, quando me apercebi que esta era uma das interrogações mais parvas que alguma vez tinha feito....Agora o objecto da minha intriga é outro:
Nos filmes à noite, aqueles que têm uma bolinha no canto, há uma voz ao princípio que diz "Este programa contem palavras ou imagens que podem ser consideradas chocantes". Até agora tudo bem, é o aviso para os pais mandarem os putos para a cama. Ora o que é que um adolescente pensa quando vê este aviso?
"- Muito bem, este programa tem bolinha, das três uma: ou tem cabeças decepadas a cantarem o "Jingle Bells" enquanto uma rena disfarçada de leão marinho retira uma costela a um etíope albino, sem recorrer a anestesia e a utilizar somente uma singela moto-serra OU aparece em alguma frame do filme o TOY ou qualquer referência aos...arghhh...Teletubbies OU tem cenas de "pinanço" (o pinanço é um termo utilizado para descrever o acto "fazer o amor") com tipas desnudadas .

Após este momento de reflexão o jovem pensa: "Ok, se tiver realmente senhoras desnudadas em actos de loucura animal então vale a pena, vamos lá a ver se dá alguma coisa de jeito."
E o tempo passa e...nada de gajas. Nem sequer se vislumbra um mamilo. Só nos últimos dez minutos é que alguém realmente decide pegar num garrafão de gasolina e emular-se em frente a um poste telefónico - cena de violência-. E o jovem, desanimado, retira-se para o seu quarto para realizar uma qualquer actividade banalíssima, como cortar as unhas, coçar a micose ou estudar a fundo o existencialismo de Jean-Paul Sartre


Sinceramente, custava muito pôr no princípio de cada filme: "Este programa tem(ou não tem) mamas." Era só preciso isto. Assim escusavam de fazer os jovens deste país e também do Butão, cuja capital é Tinfu, perder o seu tempo, à espera de tal cenário paradisíaco.
E já agora, o que tem de tão chocante um bom par de... (pronto, vocês sabem de quê, não posso abusar da palavra...)? Quando nasce uma criança, qual é a primeira coisa que faz? - Vão lhe dar de "mamar". Nunca vi avisarem ao nascituro "- Olha, a tua próxima refeição possui imagens consideradas chocantes." E as pessoas não dizem que "todos temos uma criança dentro de nós"? Então porquê negar a essa nossa faceta a oportunidade de recordar imagens tão comuns da sua infância? Isso sim, é chocante. A minha proposta é a seguinte:
Senhores e senhoras que mandam na programação televisiva, transmitam mais programas onde se vislumbrem frequentemente, "on a regular basis"- como dizem os senegalenses, os seios de jovens roliças. Acreditem que tal iniciativa só poderá trazer vantagens para a sociedade em geral.
Eu creio sinceramente que as pessoas andam todas "stressadas" porque visualizam em média 10 segundos de seios por dia, isto sendo optimista. Se conseguirmos, numa empreitada nunca antes vista(ou em alguns casos vista, mas a pagar) no panorama televisivo em Portugal aumentar este valor para cerca de 30 minutos diários de visualização de ...., de certeza que os problemas de que o país tanto se queixa serão rapidamente esquecidos. "Quero lá saber de termos um défice orçamental tão elevado ou de sermos governados por gajos que só sabem apontar o dedo uns aos outros e acabam por não fazer um...-lugar reservado para um qualquer impropério-... EU HOJE VI MAMAS na televisão!!
E assim continuamos a nossa vidinha. Podemos ser diariamente "lixados" (para não utilizar outra palavra) pelo sistema político-económico em que estamos inseridos, mas não queremos saber. Nada há de mais relaxante do que... isso.

As jovens leitoras que chegaram a esta linha devem estar a pensar: "fogo, hoje o "Oh tu!" parece um daqueles taradões que só têm um pensamento na cabeça."
Relaxem, pensem desta forma: Está nas vossas mãos, ou melhor, nas vossas .... a solução para todos os nossos problemas.

----Altura moralista do post---
E para o pessoal que faz a programação da televisão, podiam pensar em pôr os telejornais a passarem depois da meia-noite, esses sim estão carregados de imagens chocantes, sejam de mais um atentado bombista no Iraque, mais uma subida do IVA ou então a cara da Manuela Moura Guedes.


Se eu não voltar tão cedo já sabem...
Tenham medo, muito medo.

quarta-feira, junho 08, 2005

Dia 7 - Morangos com Atum...pam!

Olá. Caros leitores, das duas uma, ou Eles já sabem quem sou, onde moro e qual é o meu NIB, ou já conseguiram o que queriam, ou seja, deixaram-me a poucos passos da loucura.
Hoje acordei com alucinações de porcos e focas-bébe a flutuarem na minha frente enquanto diziam num tom suave: "Tu és um ornitorrinco, não tens nada a temer. O dia do Grande Dilúvio está a chegar e todos nós vamos emigrar para Saturno, após uma breve paragem para abastecer o depósito em Tinfu (não é essa, é a capital do Butão).
Eu naturalmente respondi:
- Que eu saiba o caminho mais curto para Saturno não é por Tinfu, mas sim pela pia da lavandaria do "Passarinhos da Ribeira", e já agora, mas que raio estão a fazer um porco e uma foca-bebé, ainda por cima cor-de-laranja, no tecto do meu quarto?
... Mas isto passou-se. Após várias horas a convencer-me que não era de facto um ornitorrinco, graças a uma técnica que aprendi com um chimpanzé shamã do Burkina Faso, que a título de curiosidade trabalha no KFC do Colombo, não, não é esse Shopping de Lisboa, essa colónia africana em Portugal, mas sim o restaurante do original navegador que chegou ao "Novo Mundo" em 1492, restaurante esse que é conhecido pelas sandes de bifana de camelo albino em pão chapata....

Ok, perdi-me.

Pronto, lá me convenci que não podia ser um ornitorrinco e, de repente, deu-me uma vontade súbita de ir trabalhar e de fazer alguma coisa de útil na minha vida.
Felizmente esta vontade passou sem que nada de grave acontecesse (ir trabalhar seria a minha perdição, já imaginaram?...)
Ok, esta é a altura em que eu digo alguma coisa de realmente revelador.
Cá vai:

- Dentistas. Alguém conhece um lugar mais sinistro que um consultório de dentista?
Mal um tipo se aproxima do prédio onde o consultório se situa, as pessoas já olham para nós de maneira estranha, parece que temos um post-it amarelo colado na testa a dizer " Sim, eu vou ao dentista. Sim, eu vou passar por períodos de dor agonizante enquanto um senhor de bata, acompanhado por uma assistente sorridente, se degladia com as minhas gengivas com vista a retirar-me à bruta, e repito, à bruta, o dente do qual me queixo."
E não acaba aqui: Quando um tipo finalmente entra no consultório , leva logo com aquele cheiro que só os consultórios de dentistas e as casas de embalsamamento possuem. Mas que raio de perfume é aquele? Eu percebo que os estabelecimentos gostem de uma imagem de marca, mas podiam variar um bocadinho. Eu suspeito que existam umas lojas, ao estilo de mercado negro, onde tipos com gabardinas pretas traficam de forma ilícita aquele tipo de cheiro, que provoca nos indivíduos certas e determinadas reacções que, entre outras, levam o indivíduo lesado a desencadear uma série de sintomas que passam por achar que a sua boca se assemelha a uma rua normal do Porto, ou seja, completamente esburacada e, devido a essa situação, precisa de tratamentos constantes no consultório do "bom Dentista". E o ciclo completa-se.
E a sala de espera? Eu já estive num dentista onde figuravam na parede Posters (daqueles dos grandes) de bebés, as conhecidas fotos da Anna Guedes e no meio - o que é que não podia faltar- um aquário.

Eu podia perder algum tempo a dissertar e, quem sabe, revelar algumas verdades que Eles nos ocultam, sobre os aquários, mas não me apetece. Um tanque com água e uns peixes lá dentro, mas o que é isto? Quem foi o "génio"? É um begginers kit para aprendizes de pescador, é isso? Ou é um campo de treino onde aqueles aparentemente inofensivos, frágeis e... vá lá, parvos, seres do mar estudam o Ser Humano com vista a desencadear posteriormente uma invasão em massa que nos colocará todos sob o seu jugo dominador e opressivo? Pois é, há pessoas que sabem disto mas não deixam sair cá para fora, porque pensam que isto pode provocar o pânico geral. Eu acho que têm razão. Eu também não aceitei muito bem quando soube que um dia um "carapau" controlaria o meu dia-a-dia. Pois bem, considerem-se avisados, suspeitem até das sardinhas que acompanham o arroz com feijão que comem ao almoço, quem sabe se não se conspira nesse pequeno disco de porcelana que utilizamos nas nossas refeições (o prato) algo terrível para o ser humano. É por isso que eu me deixei de comer amendoins, mas isto é outra história para contar mais tarde, quando estiverem preparados.

Mas voltando aos dentistas, só tenho uma coisa a dizer, não bebam daquele copinho de plástico que está naquele tabuleiro ao lado da cadeira do dentista. Afinal vocês vão cuspir o conteúdo logo de seguida, para quê desperdiçar? Aquilo faz-vos mal.

Cena inédita no panorama bloguístico português e mianmaense (cuja capital é Yangon):

- "A última vez que provei daquilo saí de lá a pensar que ..."- espaço dedicado às bocas indirectas ao Governo, o caro leitor pode sugerir na zona dedicada ao efeito uma boa piada para rematar esta cena do líquido do copinho que está no consultório do dentista. Isto sim, é um blog com cultura e interactividade, hem? Quem é amigo, quem é...?

quinta-feira, junho 02, 2005

Dia 6,75 - Outra coisa.

Agora apetece-me falar de e/imigrantes.

O que é o emigrante? Qual é a imagem de Portugal no estrangeiro? O que leva um português a sair do seu país natal? Ainda mais importante: o que o leva a regressar? Quem inventou aquelas t-shirts caveadas? E aquele cãozinho amarelo que fica atrás na chapeleira dos carros e abana a cabeça quando o carro pára? O capachinho é uma solução viável para a queda prematura de cabelo? Onde está o Wally? Se espirrássemos de olhos abertos, correríamos o risco dos olhos saltarem das órbitas? - tudo isto são questões que surgem na mente de qualquer cidadão que se preocupa com o mundo que o rodeia.

Existe muita gente que se queixa dos imigrantes. Mas a verdade é que chegam cá, adaptam-se e fazem o trabalho em condições. Alguns portugueses refutam, focando a sua principal vantagem sobre os cidadãos estrangeiros - "Será que eles conseguem assentar tijolos com uma só mão enquanto coçam a micose com a outra? Ah, claro que não conseguem!!"

Existem muitas vantagens em ter imigrantes no nosso país. Por exemplo:Que seria de nós sem a Lenka do "Preço Certo"? E a Irina, a outra tipa que fazia "Não sei quê" no programa do "Não sei quantos"? E que seria dos habitantes de Bragança, como iriam organizar o seu tempo livre sem aqueles estabelecimentos de diversão nocturna? Teriam de recorrer às suas esposas? É preciso vir para cá um nigeriano para ganhar alguma coisa nas provas de Atletismo? Num país onde a fuga ao fisco é constante, seria de esperar que pelo menos a correr fôssemos bons... Não, não me atrevo a falar no futebol.

E os emigrantes? Não há Verão que passe sem que esses seres de t-shirts caveadas, cabelo encaracolado e terço de ouro amarelo enrolado nos fartos pêlos do peito invadam as praias, ruas e Shoppings do país, prova evidente que algo de muito estranho se passa lá fora. Eu acho que quando um português se despede do país natal e decide emigrar, uma organização terrorista de nome desconhecido, que tem a sua sede em Mbabane, capital da Suazilândia, e é composta por pasteleiros eunucos e vendedores de churros de morango rapta o pobre coitado e submete-o a exposições prolongadas de novelas mexicanas traduzidas para venezuelano, dobradas por cima em guatemalteco e posteriormente dobradas em brasileiro. Em conjunção a esta tortura o indivíduo em questão é submetido a uma lavagem cerebral que implanta nos seus neurónios a noção de que o visual de Nel Monteiro é um modelo a seguir (Aconselho a não carregarem no link, a imagem é verdadeiramente chocante... depois não digam que não avisei.).

O resultado final podemos vê-lo nas ruas portuguesas em pleno mês de Agosto...
Claro que existem emigrantes que não seguem esse modelo, mas não vou falar desses (afinal o blog é meu, eu posso).

Companheiros leitores, que ainda visitam este degradante blog, venho desta forma lançar mais um repto... quer dizer, não é bem um repto, é um... coiso.

-Vamos adoptar um imigrante!-

Ideia catita, não? Não?... O máximo que nos pode acontecer é ficarmos tipo aquele homenzinho do filme "Birthday Girl" com a Nicole Kidman. (para quem não conhece o filme, só tenho uma coisa a dizer... pronto, já disse.).

Dia 6 - Dia de reflexão

Após pedidos de várias famílias e do Clube de Fãs do Nel Monteiro, sediado no Suriname, hoje vou falar de forma sucinta num grande problema da actualidade.

O que é a avestruz?
(Neste momento o caro leitor deve estar à espera que saia daqui alguma definição científica, cheia de rigor e objectividade que vos vai deixar a pensar e a dizer cenas como:" Ahhh, não sabia que a avestruz (struthio camelus) é a maior ave do planeta e tem como habitat natural as regiões leste e sul da África. E que ainda por cima pertencem ao grupo das “ratitas” (do latim, ratis = jangada), são aves corredoras (atingem até 60 km/h), incapazes de voar, pois não possuem quilha sobre o esterno nem musculatura peitoral adequada para o vôo. Este blog tem qualidade, isto sim é cultura!")
Não, caro leitor, não vou perder o meu tempo a mencionar o óbvio.

A avestruz é um animal estúpido.
Não compreendo muito bem o que é aquilo. De certeza que é um bicho com um problema existencial. "Quem sou eu? Para que sirvo? Mas para que raio servem estas penas? E quem foi o génio que se lembrou de me colocar este pescoço? Mas quem é esta mulher ao meu lado que parece uma sirene a falar e porque raio apareço num programa da TVI a discutir com - e vejam bem - uma meia rota, enquanto um burro me cheira o rabo? E porque raio é que eu sou usada/usado para substituir a figura do Pai Natal nas campanhas natalícias de uma empresa de hipermercados que , por razões legais, não vou mencionar o nome, mas começa por "C", acaba em "E" e tem "ONTINENT" no meio?"
Eu acho que não há animal que resista a tal dilema moral. (Hey, rimei. Detesto quando isto acontece.)
"Algo está podre no reino de Carnaxide."

Não me apetece falar mais da avestruz, por isso vou falar de outra coisa.

terça-feira, maio 31, 2005

Dia 5 - Um dia pequeno

Hoje eu tenho de perguntar isto:
Mas quem é que foi o inventor dos ciclistas?
Quem é que se lembra de acordar às tantas da manhã para vestir uns calções de lycra justos e sentar-se em cima de um selim que só pode causar danos de grande monta à zona da virilha masculina? Isto tudo para andar quilómetros na estrada a comer o fumo dos condutores e a levar com as buzinadelas que qualquer automobilista com pressa não se recusa a dar.

Eu acho que isto se deve a um vírus transmitido pelos membros do Clube Secreto do Marco Paulo. Naquelas festas populares - onde imigrantes marroquinos vendem, entre outros objectos, bonecas de plástico que, ao som de "Barbie Girl" dos Aqua, abanam a cabeça como aquela miúda do "Exorcista" - essas ilusoriamente gentis e aparentemente inofensivas pensionistas prescrutam as suas vítimas e quando têm um "Target Lock" no indivíduo em questão lançam o seu mais poderoso ataque - entoam o refrão de "Oh Joana!".
Um dos principais sintomas deste vírus consiste na vontade súbita de passar voluntariamente períodos extensos de dor agonizante na zona da virilha! Vejam o exemplo dos "Cowboys". Aquele andar não é normal. Daí a andar de bicicleta é um pequeno passo.

Não é que eu tenha nada contra os ciclistas, mas mulheres ciclistas - que isso sim é que é bom - nada!! Até hoje nunca nas minhas jornadas de investigação eu tive a oportunidade de vislumbrar tal cenário, deveras interessante e... vá lá, cativante.

O que é que se passa com as mulheres deste país? Para quando veremos nas ruas essas jovens roliças e bem-feitas (sim, vocês mesmas, eu sei quem vocês são), quais ninfas da mitologia grega, a passearem-se em cima desse singelo corcel de metal... ai, isto só pode ser obra d'Eles... Eles introduziram na opinião pública a ideia que a melhor maneira de mostrar a sua superioridade sobre a raça humana é pôr meia dúzia de marmanjos com idade para terem juízo a passearem-se pelas ruas da cidade em calções de lycra!!

Mas quem foi o génio que inventou a lycra? A sério, eu gostava de cumprimentá-lo pessoalmente com um camião TIR.
Se souberem quem é, deixem a morada desse senhor na zona dedicada ao efeito, pode ser?

quarta-feira, maio 25, 2005

Dia 4 e 3/4 - Um dia a mais

Hoje não é um dia particularmente feliz...
Não preguei olho a noite toda, tudo por causa dessas criaturas que passeiam por essas ruas a entoar esses cânticos, munidos de bandeiras e cachecóis onde predomina a cor do Demo... MEU DEUS! QUEM É QUE CELEBRA O FACTO DE SER DE UM CLUBE QUE SE AUTO-DENOMINA DE, e passo a citar o hino:"... PAPOILAS SALTITANTES..." ? ISTO É TÃO GAY!!!
Uma sugestão (quem é amigo, quem é?) : Embalem-se numa caixa de madeira de 1m3 e enviem-se para a Sibéria, essa estância paradisíaca carregada de paisagens fantásticas. Acordem com as montanhas geladas de Noril'sk como pano de fundo. Convivam e congelem entre os nativos, passeiem por entre os blocos maciços de gelo... haverá coisa melhor do que atravessar períodos de enorme agonia e puro sofrimento no estrangeiro? Até dá para publicar um livro depois... E os souvenirs? Que tal comprar um fóssil de mamute para os pequenos, seriam horas e horas de diversão... Lá podem celebrar e berrar a plenos pulmões, libertar impulsos que há tantos anos residiam bem lá dentro do vosso ser...

Essa seria a solução perfeita, eles iam para lá, eu ficava cá, o mundo seria um lugar melhor.

Ah, e por falar em fósseis, mais uma sugestão: Senhores, guardem as bandeirinhas num pequeno armário com naftalina q.b.. Não neguem com a vossa imprevidência as alegrias dos vossos netos no futuro, quando celebrarem a próxima vitória do clube das PAPOILAS SALTITANTES. Isto se por alguma anomalia genética eles saírem com a mesma tendência clubística.
"O Diabo saiu à rua numa noite assim..."

Como os caros leitores devem ter reparado (essa extensa lista de 4, sem contar com o meu irmão, que lê isto à força...), eu passei alguns tempos sem dizer nada. Isto deve-se ao facto de ter entrado em contacto com as minhas fontes ultra-secretas, que por motivos óbvios residem na gaveta das meias de um armário feito em pau-preto que se encontra na Sede do Sport Club Naval de Ulaanbaatar. Esses sapientíssimos deram-me informações surpreendentes (ou não) que permitiram que eu chegasse a conclusões ainda mais alucinantes, a um ritmo... pronto, vamos lá parar, que já me estão a acabar os adjectivos... O conhecimento que estas fontes me forneceram permitiu descodificar parcialmente o conteúdo macabro escondido dentro do diálogo aparentemente inofensivo e parvo de dois pensionistas que tive a oportunidade de testemunhar quando circulava nesse tão triste como exasperante transporte público: o autocarro.

-- Grande cena de flash back---

Ia eu no autocarro, a caminho de "Não sei quê" (este é o nome que eu dou ao Estabelecimento de Ensino onde finjo estudar, com vista a manter um low-profile que me permite circular no meio d'Eles sem levantar suspeitas...mas voltando à história...) quando um pensionista, comodamente sentado no lugar reservado aos deficientes, se virou para um seu semelhante e disse:
- "... porque tu sabes que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!!"
Ao que o seu interlocutor, também pensionista, respondeu prontamente, numa demonstração evidente de espírito introspectivo:
- "Claro. Exactamente."
Perante tais afirmações não pude deixar de perceber que alguma coisa de muito estranho se passava. Obviamente não podia dar nas vistas, tinha de agir naturalmente. Gargalhei como se não houvesse amanhã. Curiosamente não funcionou.

Mas tais palavras não me saíram da memória, qual prego enferrujado cravado numa tábua carunchosa (não estão a ver a imagem?...é tipo...basicamente...cenas...não é?).
Finalmente tenho em meu poder o manual que me permitirá descobrir o significado sinistro por trás de tal diálogo.
Infelizmente o dito manual vem num dialecto primitivo, que deu origem ao suomi, daí que foi tão útil como um pontapé nos dentes seguido pelo deslizar em cima de um corrimão de lâmina de 25 metros de comprimento, seguido de um mergulho integral numa bacia de álcool etílico. Mas a intenção foi boa, e lá me dediquei a ler aquilo.

Eis o que conclui até agora:
A expressão "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa" significa que as coisas são o que são e não serão outra coisa enquanto não deixarem de ser a coisa que são. Ao associar à frase o termo "coisa", que por si mesmo se associa a um objecto ou situações de cariz abstracto, a frase ganha um significado muito mais profundo.

Mas há muito mais... quando chegar lá eu digo-vos. Se alguém tiver alguma possível solução...era fixe.
Até agora descobri que o cd da "Escolinha de Música" e o best of dos "Chicago" estão incluídos na interpretação, assim como as tribos guerreiras de vendedores de farturas, treinados por koalas albinos no Kiribati.

(O que é que este gajo quer dizer com isto? Mas que porcarias anda ele a fumar? Eu acho que o tabaco não faz isto...)

sexta-feira, maio 20, 2005

Dia 3 e 1/2 - P***s das pombas!

Pois é, mais um dia.
Hoje não me apetece falar muito, estou bastante intrigado com tudo que se tem passado comigo ultimamente... Quando ando na rua de phones nos ouvidos, a procurar as mensagens subliminares presentes no último álbum de Rebeca, a mensageira que ELES (sim, eu sei quem vocês são...) escolheram para efectuar uma lavagem cerebral em massa a todo o Portugal Continental (não esquecendo a Madeira, os Açores... e Nuku'alofa, a capital de Tonga, claro!) , não consigo deixar de notar nos olhares que elas me mandam quando passo na rua... o comportamento anormal delas já se está a tornar suspeito...

Infelizmente eu tenho a mania de querer arranjar provas viáveis antes de eliminar alguém com o meu martelo (que aliás, ainda espera pelo nome...) Hoje, sim hoje, eu tive a prova final, que me vai permitir desmascará-los a todos! Ou pelo menos alguns, tenho de pensar positivo agora... Caros leitores, preparem bem os olhos e os ouvidos, porque as palavras seguintes poderão conter descobertas que abalarão todas as estruturas da sociedade que todos nós conhecemos e criticamos à nossa humilde maneira. Cá vai...preparem-se.....

AS POMBAS QUE FREQUENTAM O BOLHÃO SÃO, NA VERDADE, NEM MAIS NEM MENOS DO QUE CYBORGS DE PERÚS CRIADOS NUMA COLÓNIA DE NUDISTAS DO SUL DO BAHREIN, CUJA MISSÃO CONSISTE EM ESPIONAR AS ACTIVIDADES DOS CIDADÃOS PORTUENSES E MARCAR VISUALMENTE, ATRAVÉS DE QUÍMICOS, TODO O INCAUTO TRANSEUNTE QUE OUSE PENSAR QUE NO FASCÍCULO 87 DA REVISTA "CARAS", MAIS PRECISAMENTE NA PÁGINA 23, ENCONTRA-SE NO COLO DE CAMILLA PARKER-BOWLES, NÃO UM RAMO DE FLORES OFERECIDO PELO PRÍNCIPE CARLOS, MAS SIM UM BEBÉ EXTRATERRESTRE, RESULTADO DE UMA AVENTURA PRÉ-CONJUGAL COM UM ALIENÍGENA DE UM PLANETA AINDA DESCONHECIDO PERTENCENTE À "NUVEM DE MAGALHÃES"!
Nota: (Para quem não conhece o Porto, essa linda cidade portuguesa, o Bolhão é uma zona da cidade conhecida pelo seu mercado, onde não há político que não passe por lá na altura de eleições para trocar fluídos salivares com as vendedoras dos mais variados produtos)

Com o desenvolver das minhas pesquisas (que pude concluir, graças à ajuda da ala direita do meio-campo da selecção de andebol do Omã) constatei ainda que esses mesmos químicos penetram nas sub-camadas da epiderme humana e, no prazo de dois dias, causam no sujeito afectado variados sintomas, que vão desde o mau-hálito até à vontade de ingerir alimentos pouco comuns. De entre a numerosa lista destacam-se: croissants com manteiga de amendoim depois da meia-noite, batido de chicória com pedaços de nozes da macadâmia e sandes de carne de avestruz (esta última não me parece muito estranha, sinceramente, mas o bicho tem qualquer coisa que me intriga... aquele pescoço não me parece muito normal...não sei...) Em alguns dos casos, os sintomas não passam de uma comichão ligeira no fundo das costas e de um casaco sujo com detritos provenientes do processo digestivo destas doentias criaturas...

Os resultados deste estudo permitiram-me alcançar outras conclusões... Se estes seres forem de facto, criados por alguém com o intuito de fazer qualquer coisa a outro alguém, as ditas sociedades de Columbofilia não são mais do que centrais de informação que recolhem todos os dados fornecidos, e utilizam-nos posteriormente para levar a cabo chantagens sobre os cidadãos! Daí se explica o porquê do CD do Tony Carreira "Vagabundo por Amor" se encontrar no Top de Vendas nacional há mais de 30 semanas. Meu amigo Tony, podes enganar muita gente com os teus versos do género - "Ai destino, ai destino/ Ai destino que é o meu/ Ai destino, ai destino/ Destino que Deus me deu" (Rói-te de inveja, ó Camões!) - mas a mim é que tu não enganas!!

Bem, acho que já falei demais por hoje... alguém pode desconfiar... mas atenção, caro e paciente leitor, que aguentou já dezenas de linhas de um pobre desesperado, hoje vi na emissão televisiva da meia-final do Festival da Eurovisão (para quem nunca viu - considere-se um felizardo - é uma espécie de concurso europeu para quem conseguir apresentar o guarda-roupa mais excêntrico - vá lá, estúpido - e cantar as músicas mais exóticas - vá lá, parvas....) um austríaco a cantar o tirolês, qual José Figueiras, enquanto dançava SALSA (uma dança perfeitamente austríaca)....

Isto só pode querer dizer alguma coisa...o fim está perto... tenham medo, tenham muito medo...
Ai Arnoldo, ai Arnoldo...