quinta-feira, junho 08, 2006

Dia 29 - o 'SixSixSix' e tal...

Eu estava para escrever isto há uns dias atrás, para maior impacto nas mentalidades dos (3) leitores que perdem o seu tempo com isto, mas só pude fazê-lo hoje, por isso não percam tempo e vão para outro sítio enquanto é tempo.

Cá vai:

Há dois dias atrás foi dia 6 de Junho de 2006, e a data, quando vista da forma clássica, ou seja, a fazer o pino depois de fazer três mortais encarpados à retaguarda, dá um número giro que é por muitos associado ao conceito da Besta (06-06-06). Não, não me estou à referir a uma das personagens dos X-Men (aquele tipo grande e azul, mas não peludo e azul), mas sim ao "Devil", "Mr.666", "His Infernal Majesty" ou outros epítetos que lhe possam ser atribuídos. Como não podia deixar de ser, houve muita gente que se aproveitou desta curiosidade para campanhas publicitárias a filmes e para elaborar as típicas teorias da conspiração sobre a chegada do fim do Mundo e outras que tais, já tão costumeiras entre nós.
Na sequência do último post, não vejo porque é o que senhor de Vermelho não há de ter um dia só para si, se formos a ver até existe gente que nutre alguma simpatia por tal personagem.

A Sociedade no geral e os papa-formigas de "Saint John's", capital de Antígua e Barbuda (não a Odete Santos mas a nação das Caraíbas, constituída pelas ilhas de Antígua, Barbuda e Redonda) associam frequentemente o "Senhor das Chamas" a coisas más, e pensando em coisas más, vem-me ao pensamento a questão do fim do mundo.

Mas porque é que há tanta gente com medo do fim do Mundo? Qual é o grande problema do Mundo acabar? Passamos os dias a queixarmo-nos que isto está mal, e que assim não dá, porque não acabar com o Mundo de vez?

Isto é tudo muito giro e tal, mas há um pormenor de grande importância que é descurado: No fim do Mundo será que se consegue arranjar pão quente em condições?
Há uns dias comentava estes assuntos do fim do mundo com a minha iguana azul-escura, e ela disse algo que me deixou a pensar, e isso não acontece muitas vezes...
- "... mas sabes, 'Oh Tu!', O meu problema não é que o mundo possa acabar amanhã, o problema é arranjar um bom dentista a essa hora."
E depois de dizer isso começou a dançar ao som do hino da Nigéria e enrolou-se dentro de uma meia cor-de-laranja.
E isto passou-se.

Na minha opinião o que chateia o pessoal quando pondera sobre o possível fim do Mundo não é que as baleias, os atuns, os gnus, os gatinhos, as focas e os golfinhos bebés possam ficar sem habitat, mas sim o facto de, se o Mundo acabar, acabam os pretextos para se queixarem, e no fundo é isso que o "povão" gosta.

Analisemos. Afinal quais seriam os "prós e os contras" de um possível fim do mundo
Prós:
1. - Acabam os pensionistas.
2. - Os pensionistas vão embora.
3. - Nunca mais temos de ceder o lugar aos pensionistas nos autocarros.
4. - O Nel Monteiro deixa de cantar.
5. - O Marante já não precisa de usar capachinho.
6. - Não precisamos de procurar mais o Wally no meio da multidão, porque já não há multidão.
7. - É mais fácil arranjar lugar para estacionar, mas a grande questão aí será "Porquê?" e "Para quê?"(Sim, são duas, mas eu posso)
8. - O Noddy vai embora com os pensionistas.
9. - "Eles" emigram para outro planeta, no qual se dedicarão ao negócio das farturas.
10. --- Mais uma vantagem, a ser inserida pelo leitor a seu bel-prazer (mais um grande exemplo de interactividade! Ah, isto sim é um blog moderno!) ---

Contras:
1. - Acaba este magnífico blog
2. - Chega ao fim o "Diário de um desesperado"
3. - Aquelas tailandesas que fazem massagens com os pés vão embora.
4. - Acaba o Carnaval no Brasil e os biquinis de fio dental.
5. - As imigrantes de Leste têm de sair de Portugal (Isto é mau de mais... chuif...)


É verdade que o fim está próximo... mas não quero saber, deixem lá as imigrantes de Leste ficarem por cá.



Por favor?


Tenham medo. Tenham muito medo.

Ou então não.

quinta-feira, junho 01, 2006

Dia 28,5 - Os pequeninos

Em virtude do último post ter sido um pouco extenso, já houve muita gente que me chamou nomes feios e que até ameaçou fazer-me coisas más com clips amarelos e com fósforos queimados. Ah, e ainda houve gente que me acusou de me ter esquecido do dia de hoje e da sua importância. E têm razão, esqueci-me mesmo. Mas cá vai.

Há pouco olhei para o calendário e apercebi-me que o dia de hoje não só corresponde ao primeiro dia do mês de Junho, como também corresponde ao dia Internacional da Criança. Isto é tudo muito bonito e tal, mas eu considero de alguma irresponsabilidade darem um dia, ainda por cima Internacional, a crianças, quando já está provado que fenómenos como o "Noddy" e outros que tais são autênticos fenómenos de popularidade junto destes aparentemente inofensivos seres.

Mas já que os restantes dias são dedicados aos outros seres e estes não fazem nada de útil com isso, porque não darmos 24 horas aos putos, afinal eles são o futuro... ou não.

Mas isto dos dias Internacionais e não sei quê fez-me pensar... há muitos dias do ano que são dedicados a tudo e mais alguma coisa. É provável que no meio da lista também exista o dia do Pensionista que ouve TOY ou o dia Mundial do Clube de fãs do Nel Monteiro, mas há uma parte de mim que ainda é criança e ingénua e acredita que ainda não se lembraram disto.

Eu não compreendo a necessidade de dedicar dias a este ou a aquele acontecimento. É estranho, para dizer pouco. O quê, é a partir do momento em que dizemos "Hey, hoje é o dia Mundial da tosta-mista e do Ice-tea de Manga" que as pessoas vão passar a andar na rua com t-shirts amarelas e a dançarem ao som de "Na minha cama com ela", ao estilo dos musicais da Broadway? É mesmo preciso isso? E como é que é possível que existam dias dedicados a mais do que uma coisa, como o caso do 10 de Junho "Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas". Como é que é aí? Afinal o dia é de Camões, é de Portugal ou pertence às Comunidades Portuguesas? Não era melhor se fizessem "O dia de Portugal até às 8horas da manhã, de Camões das 8 até Às 16horas e das Comunidades Portuguesas das 16 às 24 horas"? Assim dessa forma dava tempo para festejar cada uma das coisas de forma separada... não?

E para acabar, que não me apetece escrever muito mais...

Os "Dias Internacionais" disto ou "dias mundiais" daquilo até são engraçados, mas não servem para nada, só para nos recordarmos daquilo que esquecemos todos os dias. O que era mesmo giro era haver um "dia mundial do Desesperado"... xii... isso sim.

Bem, vou embora. Se entretanto se lembrarem de mais algum dia que pudesse ser interessante implantar, façam o pino e cantem três vezes o hino do Gabão ao contrário e guardem a ideia para vocês, ok? Ou então deixem aí na zona dedicada ao efeito, pode ser?

Tenham medo. Muito medo.

Dia 28 - Xiii...

Já lá vai algum tempo desde a última vez que escrevi... podia dizer que não tive tempo, mas não me apetece... podia até dizer que não tenho tido paciência para escrever, mas isso é muito batido... podia dizer que vou escalar o Evereste só com a ajuda de dois palitos, mas como isso não acaba em X não faz sentido nenhum nesta altura do ano, principalmente por requer a utilização indiscriminada de borracha e de elásticos azul-bebé, e eu sempre fui muito amigo dos dias impar e das canetas BIC.

Mas vamos ao que interessa, começando pelas coisas interessantes que se passaram desde a última vez que escrevi aqui e que não podem deixar de ser referidas. Este "coiso" a que alguns(mas poucos) chamam de blog completou um ano de existência, e isso é muito bom, porque é sinal que Eles ainda não me apanharam e que há girafas que ainda acreditam no Pai Natal e no regresso do Avô Cantigas, AKA "Vingador do Pensionista de Pijamas", às corridas de Nascar. A registar também o aniversário de um blog de dois grandes malucos que também andam por aí a escrever algumas coisas bastante interessantes. Lasanha e Bacalhau, um abraço para vocês.

Continuando com as coisas interessantes, hoje vou escrever sobre... pois, não sei sobre que é que vou escrever, por isso vou escrevendo e no fim digo-vos o tema, pode ser?

Ontem estava a andar na rua e apercebi-me de algo muito interessante, mas isso felizmente passou e continuei a andar. Mais tarde lembrei-me que tinha deixado a janela da marquise aberta, mas isso não fez com que as janelas se fechassem sem mim. Depois atravessei a rua para perceber que realmente a vista é diferente quando optamos por mudar de posição relativamente a determinado referente. Um pouco mais à frente fui interpelado por aqueles seres realmente irritantes, e não há ninguém que já não os tenha visto:

Os tipos que andam a fazer questionários nas ruas.

Sempre de um lado para o outro, com umas folhinhas na mão, lá estão eles, a olhar para os transeuntes e a escolherem com o sangue frio de autênticos psicopatas com mau hálito qual será a próxima "vítima". E quando esta se aproxima eles disparam com a primeira pergunta:
"- Boa tarde (ou bom dia, conforme as circunstâncias), posso fazer-lhe umas perguntinhas rápidas?"
Ao que as pessoas geralmente respondem com um "Não tenho tempo" ou então "Hã?"

Se porventura há alguém que não se coloca no Bahrein, debaixo de uma palmeira, antes destes tipos chegarem à segunda pergunta, está sujeita a ter de aguentar com eles e a formular opiniões sobre temas importantíssimos e prementes para a Sociedade do Século XXI, como a relevância dos iogurtes de aromas quando confrontados com a hipótese de se sujeitarem a pedaços, "Aipos - o porquê de serem um vegetal estranho", "Clips - com ou sem borracha" ou a dúvida existencial que se coloca a qualquer pessoa: "Pêssego - Em calda ou ao natural".

Mas quem é que inventa isto? Porque é que temos de analisar a acidez do iogurte X em função do iogurte Z? E para que é que isso interessa? E quem sou eu? Não, esqueçam esta última pergunta. A sério, eu até compreendo que as empresas queiram ouvir algum feedback dos possíveis consumidores dos seus produtos, para melhor os satisfazerem mais tarde, mas é mesmo necessário espalharem pelas ruas aquelas pessoas? E quem é o génio que inventa as perguntas? "De uma escala de 1 a 10, na qual 1 representa "Nada satisfeito" e 10 representa "Muito satisfeito, como classificaria o sabor dos nossos produtos?", ou até "Se tivesse de escolher uma corda para se enforcar, qual seria o seu critério principal? Resistência do material ou elasticidade?"
E podia continuar, mas não vou.

Estes inquéritos são, nem mais nem menos, que uma forma d'Eles recolherem informações à primeira vista completamente desnecessárias para mais tarde investirem em força e controlarem de vez toda a nossa existência. E como é que eles fazem isso? - perguntam vocês que ainda não estão noutro sítio a fazer algo de realmente útil. E eu respondo. É muito simples. Eles metem umas câmaras mínusculas dentro dos produtos e quando um tipo incauto os compra e coloca no interior do seu lar, as câmaras registam todos os pormenores sórdidos da sua vida e mais tarde, um robô sai de dentro do produto e teleporta-se ou então atira-se pela pia abaixo , se não tiver passe de autocarro, para ir ter com o Quartel-General e acrescentar a informação recolhida às bases de Dados do seu líder, "O Grande Pensionista". Essa informação é de seguida transformada em tiradas humorísticas para programas da manhã, e essas piadas mais tarde passarão para os restantes sectores da sociedade sob a forma de conversas de cabeleireiro, conversas de paragem de autocarro e de "bocas" de trabalhadores da construção civil.

E qual é a forma de evitarmos tudo isto?
Basta responder a todas as perguntas com a palavra "ATUM". É a única palavra que não consegue ser assimilada e fica sempre bem dizer isto. Enquadra-se em todos os temas e denota conhecimento de várias áreas do saber, tais como a "Indústria do Peixe", "O fenómeno dos Enlatados" e "Palavras que retratem alimentos e que tenham apenas 4 letras", entre uma quantidade obscena (esta palavra é gira) de demais temas interessantíssimos que, se não servem para ganhar alguns trocos em programas da TV, podem sempre servir para impressionar jovens do sexo oposto em festas de beneficiência ou até em jogos de Bingo.

Bem, e o tema de hoje é... pois, é isso.

Tenham medo. Tenham muito medo.