terça-feira, fevereiro 22, 2011

Dia 74 - A urna.

E por hoje é tudo, voltem sempre.
Beijinhos e cuidado com aquelas coisas verdes que os tipos dão nos restaurantes, aquilo nem é bom para palitar os dentes. E palitar os dentes também não é coisa muito agradável.

Falando de outra coisa, tenho a confessar-vos o seguinte: Estou neste momento indeciso entre escrever sobre o CSI ou sobre uma conversa que tive há uns meses com uns amigos. Qual é que preferem? Não se preocupem, pensem à vontade, eu espero um bocadinho.

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Ok, então vou escrever sobre motorizadas.

Estava há uns tempos sentado num certo carro a ir para determinado sítio, quando ocorreu o seguinte pensamento em cabeça cuja localização não sei precisar: Como é que se tiram nódoas de pimento em calças caqui? Viajando ao passado e evitando o pimento, ou as calças caqui, ambos boas ideias.

Vá, vamos lá o cerne da questão:
Lembram-se de uma altura em que muita gente de certa rede social aderiu a um movimento interessante no qual se colocaram imagens de desenhos animados como foto de perfil? - Poderia ser chamada de foto egípcia, mas é melhor não falar muito do sítio, ainda me entra um motim pela janela e desmancham-me os gerânios - Com base neste fenómeno, de entre inúmeras reflexões de índole espectacular, concretizou-se isto:
- Certos que o panorama político não agrada a grande parte do povo, ou como gostam de ser chamados, o POBÃO (provavelmente não são assim tantos a gostar), os partidos deveriam apostar a sério nas camadas jovens e arranjar mandatários... para os "piquenos".

---Vá lá, acham mesmo que vou aproveitar para mandar a laracha "Um tacho, ou melhor, um bacio, só para o Bibi"? Não, isto é um sítio de nível. Quanto muito chamo-o de Tetra, mas só depois de testar a suspensão de uma debulhadora nas suas costas. ----

Voltando ao ponto: Em suma, seria uma forma interessante de preparar a caminha, ou o poleiro, como preferirem, para o futuro.

As vantagens são mais que duas, e duas é melhor que uma, a não ser que falemos de dores na virilha, o que por si não é vantajoso, salvo se a alternativa for 3 dores. Na virilha, portanto. Por vários motivos que não estão, por assim dizer, dentro do meu panorama de "apetecimentos" (Alto lá, senhores dos acordos ortográficos e não sei quê: my blog, my rules, orraites?), abster-me-ei de as enumerar, por serem demasiado evidentes.

E quem seriam os visados, perguntam vocês?

Como pudemos constatar na última eleição presidencial, o poder gira à volta de dois partidos, o rosa e o laranja. Não são muito diferentes entre si, eu vejo-os apenas sob a perspectiva cromática: no fundo é a mesma coisa, um deles só tem mais amarelo.
Neste duelo de totós, do lado laranja ficaria bem:

A Leopoldina
Quando é que a vemos: uma vez por ano, com um fato análogo a outros ícones, para vender a sua ideia. Passa a época, e volta a enterrar a cabeça na areia até a época seguinte. Mas o certo é que esta grande ave que não voa consegue mobilizar em pouco tempo muita gente e tem uma forte ligação ao capital, sendo por isso um aliado de peso (apesar dos ossos serem ocos e ter um esterno em forma de quilha).

E como isto não tem piada se não houver uma coligação, quem melhor do que...

Poupas
Lembram-se dele? Pois ele não se esqueceu de vocês. O maior pássaro da Rua Sésamo abre as suas asas para ajudar a parceira alada, trazendo consigo o carinho e devoção das crianças mais experientes. Neste jogo duro a nostalgia pode marcar o ponto decisivo. E, em contexto de crise, o nome é a cereja no topo do bolo. (Não tens guito? Poupas.)

Do outro lado da barracuda, teremos os representantes rosa:

Popota
É grande, pesada, mas graciosa, está cá há quase tanto tempo como a congénere laranja, trabalha para o mesmo grupo do grande capital, o que denota interesses comuns que podem atrair os indecisos. dança, canta, tem pestanas... e é rosa.

Ao seu lado...

Avó Cantigas
E todas as crianças são suas amigas. Pois é, esta será a melhor resposta ao apelo à nostalgia dos rivais. Este nosso amigo é membro activo da comunidade geronte mas tem anca de menino, que o digam os seus videoclips em 3D. Para além da insistência no choque tecnológico pode trazer votos do outro mundo, graças aos contactos do seu fiel amigo Joka, o fantasminha brincalhão.


Mas os outros partidos têm sempre uma palavra a dizer:

Para o camaradas de vermelho...

Bob, o Construtor
Quem melhor do que o proletariado para incentivar os pequenos a acreditar na força do trabalho e na pinta das camisas xadrez? Este homem constrói, remodela, fala com máquinas, em suma, é o maior.

Do outro lado, os fatinhos de azul e amarelo podem contar com...

Noddy
Abram alas, de guizo no barrete e lencinho ao pescoço este menino manda na cidade dele. Avião particular, táxi, anão privativo para os pózinhos mágicos? É o gnomo para o lugar. Ao seu lado, a força do capital é a capital da força.

Do lado mais encarnado da vermelhidão, temos...

Dora, a Exploradora
Defensora das alternativas, eis uma Maria-Rapaz ambientalista que não tem medo de, como lhe define o título, explorar. E o facto de ter ascendência exótica e amigos multi-culturais representa em pleno a abertura do partido à liberdade de ser diferente, ou melhor, único. Ah, e ainda fala com um macaco azul... palavras para quê, legalize it.

E os senhores que acreditam que isto só lá vai com uma coroa podem chamar...

Babar
Este real probuscídeo encara a vida com calma e a relva é sempre mais verde do seu lado do jardim. Enquanto ele não a comer, claro. O seu rival é o rinoceronte Ratáxes... que me lembra a porcaria dos impostos, por isso tem a minha simpatia.

Os mais pequenos dos pequenos também poderiam ter representantes:

Para aqueles que atribuem a culpa da crise do país à imigração e diversidade cultural e racial, talvez...

Ruca
Ele é um rapazinho, embora pequenino... é careca.

E para o partido do Garcia Pereira

Garcia Pereira. - Ele não precisa de ninguém. Este homem é o Chuck Norris da política.

Finalmente o P.A. partido que ganha sempre, sempre...

SpongeBob SquarePants
Se as eleições calharem no Verão, é perto do habitat deste nosso amigo que estará a maioria dos baldas: de papo para o ar, de olho nas camones enquanto o futuro do país é decidido pelos outros. E, prolongando mais um pouco a analogia, são os primeiros a apontar quando isto vai por água abaixo.

Pensei em fazer isto só com Pokemons, mas teriam de ser todos o Pikachu. Porque não conheço mais nenhum. No entanto o Garcia Pereira continuaria a ser o Garcia Pereira.




Tenham medo. Muito medo.