sábado, dezembro 16, 2006

Dia 34 - P0rquê?

Eu gosto do número 34. Já calcei o 34 quando era pequeno, mas hoje já não o calço, porque, embora o "4" seja confortável o "3" custa um bocadinho a colocar. Hoje em dia já não me dou assim tanto com o 34, porque o 34 não parece gostar de mim. Hoje em dia, sou um tipo que reconhece o valor das percentagens e das fracções.
Extremamente importante parece ser a importância (já conheceram alguma importância extremamente importante? - pois é, aqui é sempre a inovar) e o consequente medo que as pessoas atribuem aos números. Vemo-lo em todo o lado: Noticiários - "Mais de 5.000 pessoas estiveram ontem presentes numa manifestação contra a legalização da polpa de tomate"; Sondagens - "27% dos inquiridos revelaram que não consideram um pontapé nos dentes uma prova de afecto"; frases de engate: "Olá, tudo bem? És 93, 96 ou 91? E tens hi5?" ; Contas, Pesos (na Europa, Euros) e Medidas - "_________________________ igual a 27, 33 e 1,75m (inserir um exemplo qualquer, só estava à procura de uma desculpa para escrever no blog esta expressão no plural) .".
E ainda por cima nos dizem que o pessoal não gosta de Matemática. Eu não compreendo muito bem o porquê, dá-se tanto valor aos números. Se não gostássemos verdadeiramente da "Ciência dos Números" não usaríamos expressões como "Find strength in numbers" ou "Não se conhece um homem sábio pelo seu tamanho das calças (antigo provérbio hindu)", e outras que tais, tão desconhecidas por mim, mas tão famosas na opinião de alguém.
E ainda por cima existem programas televisivos e filmes que que vão buscar o seu nome a... pronto, vocês sabem, não vale a pena repetir... "24", "Numb3rs", "Se7en", "Friday the 13th", "Ocean's Eleven" ( e "Twelve", mas não conto as sequelas), "60 Seconds" "Branca de Neve e os Sete Anões" (não perguntem, fui obrigado a escrever este), são alguns dos muitos exemplos.

"E 'Oh tu!', já te calavas não? E já agora, o que pensas tu sobre os números?"

Sobre os números, não tenho muito a dizer, já me disseram uma vez que quando abro a boca, existem 79% de probabilidades que vá dizer algo de disparatado, na minha opinião puramente verdadeiro, por isso vou escrever... e pouco.

Nunca percebi muito bem porque é que as pessoas sentem a necessidade de quantificar tudo: "Estamos juntos há 4 anos", "Queria uma dose de "7", com Arroz Chau-chau e três "25", sem pimentos, 'faxabôr'. ", "Apanhei o "63" às 8h30 d ontem, e depois de 15 paragens, descobri que estava do lado oposto ao sítio onde queria ir". PORQUÊ?
E por favor, expliquem-me porque é que o Génio dá sempre a porcaria dos 3 desejos. Ele não podia simplesmente virar-se para o puto de chinelos esquisitos (leia-se "Aladino") e dizer-lhe:
- "Ok, puto, embora tenhas um ar estranho e umas cenas estranhas nos pés, por me teres libertado da chaleira, eu vou deixar-te pedir o que quiseres. Qualquer coisa, eu concedo-te. Quando estiver cansado, não concedo mais nada."
E porque não ser o "Ali Babá e os amigos ladrões"? Assim, se faltasse algum não precisavam de mudar o nome.

E porque não "Branca de Neve e os tipos verticalmente desafiados?"

E já agora, qual é o problema de baptizar um livro com o nome de "Uma catrefada de noites"? Acham que "1001 noites" vende melhor? Quem foi o génio que se deu ao trabalho de as contar?"

O título "Uma distância absurdamente grande debaixo de água" teria, a meu ver, muito mais impacto do que "20.000 léguas Submarinas", mas pronto, o agente do Sr. Júlio Verne lá teria a sua estratégia... eu nem me vou atrever a comentar "A Volta ao Mundo em 80 dias"... mas "2 meses e tal à volta do Globo" acho que diz tudo.

Não era muito mais simples?

Não sei...


Tenham medo. Muito medo.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Dia 33 - e não vou dizer outra vez.

Boa tarde! É provavelmente o primeiro post no qual começo com esta saudação, e isso é giro. É também um dos poucos que não começam com a palavra "Bem". E porque é que eu fiz isto? - perguntam vocês - porque nem sempre as coisas podem começar a "Bem"... e pensando bem, porque não começar algum texto que provavelmente irá ser um puro desperdício do tempo do caro leitor (sim, nem pensem que me vou referir a vocês no plural - e sei que o estou a fazer agora - porque eu sei que muito pouca gente lê isto, e quando o faz, o faz sozinha, para não ser alvo de apedrejamentos e de outras coisas más... por isso vou fechar este parêntesis e continuar com o texto), e como sei que perderam tempo a ler o parêntesis, vou repetir a cena que estava escrita antes... porque não começar algum texto que provavelmente irá ser um puro desperdício do tempo do caro leitor com a palavra "Mal"? Isso sim, seria engraçado... por isso, para reforçar a interactividade característica do meio da Internet, façam de conta que este texto começou com a palavra "Mal", ok?

Continuando... já passou algum tempo desde a última vez que andei de eléctrico e desde que deixei algo neste poiso. Dentro desta temática, o Toy usa t-shirts cor-de-laranja e chinelos de dedo em oposição aos mais populares, os chinelos de pé, só porque sim. Mas isto tudo seria muito interessante se fizesse algum sentido, por isso cá vai:

Pronto, já foi. Não se fala mais nisso.

Se alguma vez consultaram o calendário deste ano, provavelmente já terão reparado que nos encontramos no mês de Dezembro. E este mês, de várias coisas, tem algumas que o tornam algo de bastante curioso, nomeadamente o facto de ter semanas e dias numerados. E para salientar a unicidade de um mês tão curioso, estão ainda associados a este intervalo temporal uns dias especiais, chamados por alguns de "feriados". Eu não lhes chamo de coisa nenhuma, porque além de ser um acto, vá lá, parvo, eles não vêm e não, para quê insistir?
Os feriados são giros, mas não é por se vestirem bem. É porque geralmente nesses dias especiais as pessoas acabam por fazer algo que não fazem nos outros dias. Por exemplo: os funcionários públicos aproveitam esse dia para não trabalhar. Os políticos aproveitam esses dias para fazerem comícios e apontar o dedo uns aos outros. Os pensionistas aproveitam esses dias para passearem pela cidade nos autocarros e para deambularem nos centros comerciais. E quando chega ao fim do dia, ainda há tipos que dizem :"Hey, este dia passou num instante, só de pensar que amanhã tenho de ir trabalhar... que chatice.". E estes dias passam para dar lugar aos outros...

E Dezembro também tem o Natal. O Natal é ____________ (espaço disponível para ser preenchido pelo leitor). Mas também pode ser composto por outras coisas ... porque não? Mas o facto de o mês de Dezembro ser um mês curioso não é assim tão bom, porque eu, pessoalmente, não gosto muito de curiosos e, colectivamente, até lhes dou um chuto de vez em quando. À parte desta questão, que por si é curiosa porque é uma questão e não termina num ponto de interrogação, existe ainda aquela cena do Pai Natal. Eu não sei se já escrevi isto algures por aqui, mas o Pai Natal intriga-me um bocadinho... é certo que ele tem uma das melhores profissões de sempre... e também é certo que se eu misturar açucar com água fico com água açucarada.

(Saltar esta parte caso já tenha descoberto a verdade sobre o Pai Natal)

- Porque é que é só o Pai Natal que se mete no trenó para entregar as prendas? E a Mãe Natal, onde está? Porque é que não vai com o marido dar uma volta?

(Eu teria aqui a hipótese de mandar uma piada tipicamente machista, do tipo: "Porque se o Pai Natal seguisse as direcções da mulher dava biquinis aos esquimós e não teríamos a quadra de Natal, mas sim um poema inteiro.", mas não o vou fazer. Vou fazer outra coisa.)

Nos tempos que correm (e que em algumas alturas, andam mais devagar) , não é muito correcto considerarmos que a Mãe Natal fica em casa à espera do senhor, só porque é mulher e o acto de andar de trenó pode ser visto como perigoso. Eu já fiz essa questão a alguns amigos meus, e os poucos que não olharam para mim como se de um cão raivoso me tratasse, disseram-me que a Sra. Dona Mãe Natal, além de ter um nome esquisito, decerto passará o tempo no qual o seu cônjuge está a andar de trenó, a preparar a casa para o seu regresso, e até, quem sabe, a fazer compras, lá na Lapónia. Ou então está metida no Messenger a conversar com a mulher do Coelho da Páscoa e com os sobrinhos do Lobo Mau. Mas é em alturas como esta que eu me pergunto (embora não espere resposta):

- E depois?

A Lapónia fica situada no norte da Escandinávia, e isso é longe, excepto para quem mora lá perto. E não há muita gente a gozar dessa situação (também porque não é muito bonito gozar com quem quer que seja, muito menos uma situação). E porque é que anda toda a gente maluca a enviar cartas para um tipo que lá mora? Mandem-lhe um mail. Ou então mandem-me dinheiro. Um dos dois funciona, e faz alguém feliz, porque não ser alguém que vocês conhecem?




- E no meio disto tudo, o que acontece aos pinguins?




Não faço a mínima ideia.




Mas se alguém souber...




Pode guardar essa informação para si.





Ou para Fá, ou para Ré.




Tenham medo. Muito medo.