quinta-feira, maio 29, 2008

Dia 51 - Aaaaaaaaaaaayyyy....

Pois é, hoje vou escrever sobre vizinhos.

Gostaria de começar por dizer que odeio os meus vizinhos, mas infelizmente não posso fazê-lo porque já comecei o texto a dizer que ia escrever sobre vizinhos, por isso queria pedir aos caros leitores para ignorarem a primeira frase deste belo texto, apenas por ser a primeira. Porque o texto será mesmo subordinado ao tema dos vizinhos (embora não me agrade a ideia de um texto meu ser subordinado a alguma coisa, ainda por cima os meus vizinhos, mas continuando...).

Como disse há pouco, eu odeio os meus vizinhos. Eu não sou de odiar ninguém, a sério, mas neste caso a redundância é plena de justificação, porque eu não gosto mesmo deles. Acho até que este recurso estilístico foi inventado por alguém que queria representar de forma veemente o seu desprezo para com os seus vizinhos. Provavelmente até morava à minha beira.

Mas vamos ao que interessa. O ser humano, na sua evolução, teve de ultrapassar certas barreiras comunicacionais para garantir a sua sobrevivência, ou seja, teve de arranjar uma linguagem, por muito primitiva que fosse, para poder comunicar certos pensamentos e emoções. Mas isto não foi muito complicado, porque temos mesmo tendência para isso. É natural, eventualmente conseguiríamos ultrapassar esse problema. E como já estou cansado de falar sobre a evolução do Homem, vou atalhar: Descobrimos o fogo, inventamos a roda, fizemos as primeiras casas, os povos nómadas saíram de África, espalharam-se pelos continentes, formaram países, andaram todos à porrada entre eles. No meio disto tudo apareceu o nosso país e, convenhamos, apesar de tudo que tem andado mal, até gostamos dele. Também não temos outro ao qual chamar "nosso". A não ser as pessoas que não são do nosso país. Mas essas também só têm um ao qual chamar o seu. A não ser que sejam de dupla nacionalidade. Pff... acho que já perceberam onde quero chegar, certo? Por isso vamos continuar...

E eu estou em condições de garantir que entre o Homo habilis e o Homem actual, alguém esteve sentado, com o dedo no seu nariz (primitivo), alheio (da forma mais primitiva possível) a qualquer noção de evolução. E como a Natureza é pródiga em milagres, este grupo restrito de seres lá conseguiu sobreviver. E vieram morar para a minha beira.
Eu não sei se vocês terão mesmo a noção de que tipo de criaturas vos falo. Eu também não os consigo categorizar devidamente, sei apenas que são bactérias barulhentas, biltres e badalhocas que teimam em continuar a respirar. Não me interpretem mal, eu acho que todos temos direito à vida... menos eles. Aquilo é gente que não interessa a ninguém. Se o Bush morasse no meu prédio, de certeza que eles já seriam acusados de terem armas de destruição maciça. E seria provavelmente a única vez que ele teria razão.

Vamos a um exemplo: quando nós (gente educada, informada, respeitadora das normas sociais e maluca em part-time) pretendemos falar com alguém que não está perto de nós no momento, pegamos num telemóvel e ligamos à referida pessoa. Simples e eficaz. E o que é que os meus vizinhos fazem? Abrem a porta e... gritam. Até a pessoa responder. E se essa pessoa estiver um pouco mais longe... gritam mais alto. Seja a que horas for.

Conviver é, para mim, estar com as pessoas de quem gosto, a fazer algo que seja agradável a todos, sem prejudicar mais ninguém. No caso dos meus vizinhos isto resume-se a... gritar em conjunto. Uns com os outros. Enquanto cheiram mal.

Claro que nem todos os meus vizinhos são assim: há mais gente a morar no meu prédio que também não gosta deles.

E se calhar vou ser polémico, mas que se lixe, o blog é meu, eu posso: Este grupo de pessoas é de etnia cigana. E não é por isso que eu não gosto deles, é apenas pelo facto de não respeitarem mais ninguém senão eles próprios. Eu não tenho nada contra ninguém, sejam caucasianos, latinos, africanos, asiáticos, etc, etc e tal... mas há uma noção romântica do povo cigano, mostrada em alguns filmes, que infelizmente está longe da verdade.

Lá eles são nómadas (e alguns são parecidos com o Johnny Depp - diz a minha iguana.)


E estes não saem daqui.


P.S: Oh senhores alienígenas, cuja chegada eu profetizo há tanto tempo... depois deste texto querem mais sugestões de pessoas a quem podem raptar para pôr sondas e outros objectos estranhos em sítios inomináveis?





Vá, pensem lá nisso...





Tenham medo. Tenham muito medo.