terça-feira, setembro 13, 2005

Dia 11- O regresso

"Voltei, voltei, voltei de lá"... é melhor não continuar...
É verdade, estive muito tempo sem dizer nada, até tempo demais, mas a culpa não foi minha... meus amigos, é verdade... Eles apanharam-me....
Lembram-se daquele filme que estreou há uns tempos no cinema, "Guerra dos Mundos", com o Tom Cruise? Não? Ok, não faz mal....
O que se passou foi que "Eles" descobriram que os andava a topar há muito tempo, e, numa iniciativa histórica, fizeram um pacto com a Telepac e conseguiram calar dessa forma "a voz" que os denunciava... pensando bem, se calhar o pessoal da Telepac também tem alguns agentes infiltrados...
Mas pronto, isso agora já passou...
Tenho algumas denúncias para fazer, e é melhor fazê-las rapidamente antes que me calem outra vez...
Hoje vou falar de uma das piores calamidades do Verão: Não, não são os tsunamis, nem os furacões, nem os biquinis de fio-dental (esses não têm nada de calamitoso, mas não ficam bem em todas as tipas...), nem os concertos de Verão, apelidados de "bailes" pelos populares, concertos esses que contam com a participação de artistas como: Toy, Nel Monteiro (o único e felizmente inimitável), Diapasão, Clemente e ... é melhor parar de escrever mais nomes, o meu cérebro corre o risco de se transformar em papa. Mas continuando, não é de nenhuma dessas calamidades que vou falar hoje, vou falar dos condutores portugueses.
Ora, o que é que define ao certo um condutor lusitano, perguntam vocês?
Basicamente é um condutor que nasceu em Portugal.
Começando pelo tablier do carro, podemos denotar logo certas características do condutor luso: O terço enrolado no espelho retrovisor, complementado pela figura de Fátima em baixo. Ao lado podemos reparar numa chapinha de metal que na maior parte das vezes tem a identificação do senhor que conduz o carro. Atrás, junto à chapeleira (aquela tábua atrás dos bancos traseiros, onde geralmente estão as colunas) podemos ver o cachecol do clube futebolístico do condutor, ou então um cachecol da Selecção Nacional, para os indecisos. Mas não ficamos por aqui, ao lado do cachecol, ou até em cima, podemos ver ou aquele canito que abana o pescoço quando o carro se mexe ou um peluche de um gato ou qualquer animal muito peludo.
Eu podia estar aqui a enunciar mais algumas características dos condutores, mas não me apetece.
"Mas qual é o mal de ter o carro decorado com tais apetrechos, oh tu?" perguntam vocês.
Bem, não haveria problema nenhum se o carro não andasse na rua.
Mas porque é que as pessoas insistem em decorar o carro? Será que pensam que o carro vai andar mais ou que vai consumir menos se tiver uns óculos de sol pendurados no espelho? E já agora, qual é a ideia dos autocolantes? Será que pensam que por porem um autocolante a dizer "Turbo", o carro vai ganhar mais cavalos? Em parte têm razão, em vez de terem, digamos, 80 cv, passam a ter 81, se contarem com quem teve a brilhante ideia de transformar o automóvel numa caderneta ambulante.
Mas isto não acaba aqui, eu até poderia conviver com a ideia dos carros decorados e tal e coiso se os carros não fossem conduzidos. O condutor português conduz mal. Basta sair à rua e ver os carros estacionados, há sempre algum espertinho que consegue a proeza de estacionar um Smart de modo a que ocupe o espaço de um autocarro....de lado, claro! E mesmo na estrada, a maior parte dos condutores esquece-se que o seu carro tem "Piscas"! Estão a ver aquelas varas à beira do volante? Aquilo mexe-se, não serve só para pendurar aqueles papelinhos que vos dão quando fazem a revisão!
E qual é a ideia da música aos altos berros? A sério, vocês têm a necessidade de mostrar ao mundo que já não têm tímpanos? Isto para não falar da quantidade de siglas que os carros têm atrás...
"Hey, olhem para mim, estou aqui com cara de mau a conduzir o meu Renault 5 Turbo GTI CSD PPD PCP DSGTLi 7 e 1/2! Que maquinão!" O que é aquilo, é o nome de quem produziu o carro?

Enfim, as pessoas de nacionalidade portuguesa que conduzem os veículos (já estou farto de escrever a palavra "condutores") conduzem de uma forma semelhante aos rituais de acasalamento dos perús albinos da Suazilândia, cuja capital é Mbabane.

Este problema todo do preço dos combustíveis não é por causa da guerra nem por causa dos árabes, nem sequer por causa do crescimento de 0,75% no PIB do Tajiquistão (capital Duchanbe). Isto foi uma manobra levada a cabo por Eles para ver se os maus condutores abandonam as estradas... pois é, Eles nem sempre fazem coisas más...

Para acabar, vou fazer uma coisa inédita neste blog, nunca antes vista, vou acabar este repto com uma das piadas mais secas de que há memória, eu sei, é arriscado, mas cá vai:
- Querem acabar com os acidentes nas estradas portuguesas?
- Não? Ok, mas façam de contam que sim...
- Se querem acabar com todos os problemas nas estradas portuguesas coloquem 2 argolas de ouro, não mais, presas ao volante dos carros.
- Porquê? - perguntam vocês.
(Vem aí a punchline, preparem-se....)
- Ora, porque toda a gente sabe que o ouro é um dos melhores condutores do mundo.



-pausa para suicídios em massa....-


Ainda estão aí?

Tenham medo... muito medo...

1 comentário:

Sara disse...

LOOOOOOOOOOOOOOOOL
Demais! A não eskecer os fedelhos, pensionistas, cão, gato e piriquito k acompanham no banco de trás os passeios de domingo a 20 km/h pa apreciar a bela paisagem da auto-estrada.
Eles andem aí... e são "tan" estúpidos! :P